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Artigos > Comunicação e Produção Científica em Educação e em Educação Física > FERREIRA NETO, Amarílio; MAIA, Ediane de Melo; BERMOND, Magda Terezinha. Revista de Educação Física: ciclo de vida, seção unidade de doutrina e lição de educação física (1932-2002). Movimento (Porto Alegre), Porto Alegre, v. 9, n. 1, p. 91-118, 2003.

FERREIRA NETO, Amarílio; MAIA, Ediane de Melo; BERMOND, Magda Terezinha. Revista de Educação Física: ciclo de vida, seção unidade de doutrina e lição de educação física (1932-2002). Movimento (Porto Alegre), Porto Alegre, v. 9, n. 1, p. 91-118, 2003.


REVISTA DE EDUCAÇÃO FÍSICA: SEÇÃO UNIDADE DE DOUTRINA E LIÇÃO DE EDUCAÇÃO FÍSICA (1932-1950)

 

 

Dr. Amarílio Ferreira Neto
Universidade Federal do Espírito Santo
Coordenador do Instituto de Pesquisa em Educação e Educação Física - PROTEORIA

Ediane de Melo Maia
Magda Terezinha Bermond
Bolsistas do PIBIC-CNPq-UFES

 

 

RESUMO

Objetiva analisar as seções Unidade de Doutrina e Lição de Educação Física da Revista de Educação Física entre 1932-1950, identificando os eixos doutrinários e pedagógicos, mostrando como eles são transformados em objetivos, conteúdos, metodologia, recursos físicos, materiais didáticos e avaliação da Educação Física na escola. A orientação teórico-metodológica assume o periódico como fonte. Os resultados indicam que os eixos pedagógicos são a continuidade, a alternância, a graduação, a atração e a disciplina, que se encontram subordinados aos eixos doutrinários: a hierarquia, a ordem e a disciplina. A Lição de Educação Física é preconizada distintamente para os militares e escolares.

 

Introdução

O estudo de impressos de variada tipologia tem recebido força, também, na área de Educação Física. Todavia, deve-se reconhecer que, ainda, há um vácuo na investigação dos projetos editoriais de nossa área, quer seja na forma de livro, quer seja em formato de periódico: revista e jornais. Conhecer tais impressos em sua intimidade material requer olhá-los na sua condição de objeto e núcleo de informações temáticas (fonte).

Nesta investigação foram estudadas as seções Unidade de Doutrina e Lição de Educação Física da Revista de Educação Física da Escola de Educação Física do Exército no período de 1932 a 1950. Para tanto, as seguintes questões conduziram o exame do corpusde pesquisa: quais são os eixos doutrinários e pedagógicos propostos pelo Exército como estratégia de disseminação da Educação Física na sociedade brasileira e, em particular, no âmbito escolar, presentes na seção Unidade de Doutrina da Revista de Educação Física? Como a seção Lição de Educação Física expressa o processo de transformação dos eixos pedagógicos em objetivos, conteúdos, metodologia, recursos físicos, materiais didáticos e avaliação da Educação Física como componente curricular para o cotidiano da escola?

 

Sobre a Seção Unidade de Doutrina

Foram encontrados doze textos referentes à seção Unidade de Doutrina na Revista de Educação Física, sendo três deles escritos pelo tenente-coronel Newton Cavalcanti, três pelo capitão Ilidio Romulo Colônia e seis pelo capitão Jair Jordão Ramos. Essa seção foi escrita somente por oficiais, os quais têm por função criar e manter a doutrina que garante a existência do Exército e cuidar para que ela seja cumprida.

Antes de iniciar a discussão sobre a seção Unidade de Doutrina, torna-se necessário um esclarecimento sobre o que o exército entende por pedagogia e o que se considerou eixos doutrinários e eixos pedagógicos nesta pesquisa.

Segundo Silva (apud FERREIRA NETO, 1999, p. 65),

[...] a pedagogia abrange praticamente a vida. Não se limita a satisfazer a nossa imperiosa necessidade de conhecer fatos e explicá-los; ela toca a ação humana, modificando-a e melhorando-a com as suas normas traçadas, elevando-a, procurando tornar mais perfeitos os afazeres humanos, tirando-lhes vagarosamente os inconvenientes, subtraindo o inútil e corrigindo-lhes os erros. O homem, com o saber, consegue derrubar obstáculos gigantescos; ele não considera o saber um prêmio último e independente, mas, sim, um meio firme e certo para aumentar o seu poder, fazendo em todas as ocasiões, valer a sua vontade. A origem do saber é uma necessidade prática; é uma contribuição, um auxílio para aumentar e aperfeiçoar a atividade na vida. Pedagogia então não é ciência simplesmente teórica. Pedagogia é o estudo da educação, com o fim de se tirarem regras que sirvam para a aplicação prática. O progresso intelectual, moral e técnico não desaparece em virtude da educação.

Ferreira Neto (1999, p. 25) expõe, ainda, que

[...] uma Pedagogia aplicada no interior do Exército, está condenada a favorecer à manutenção da hierarquia e da disciplina militar [...]; a atender a especificidade institucional, isto é, todo componente pedagógico deve coadjuvar para elevar o nível de preparação da tropa para fazer a guerra; e a ser uma Pedagogia da ação prática.

Isso leva a acreditar que o Exército apresenta uma pedagogia cuja categoria central é a experiência do “[...] aprender fazendo” ou do "fazer para aprender”.[1] De acordo com Pinheiro (1933b), “aprender na fórma educativa moderna é ter experiência”. Já para Dewey (1978, p. 34), “[...] só se aprende o que se pratica - Seja uma habilidade, seja uma idéia, seja um controle emocional, seja uma atitude ou uma apreciação, só as aprendemos se as praticarmos”.

Nesse contexto da Educação Física, percebe-se que “[...] os Regulamentos do ensino no Exército foram grifados por duas formulações: a objetividade do ensino e a praticidade dos métodos e processos” (FERREIRA NETO, 1999, p. 35).

Nesta pesquisa, entende-se como eixos doutrinários as grandes linhas orientadoras das práticas prescritas no Exército, as quais devem estar presentes em todas as manifestações da instituição, associadas aos eixos pedagógicos, que são específicos para cada disciplina (matéria). Assim como existem os eixos pedagógicos a serem aplicados na Educação Física, também existem os específicos para Matemática, Fisiologia, entre outros. Os eixos pedagógicos são subordinados aos eixos doutrinários, pois estes últimos orientam toda a doutrina existente no Exército.

A compreensão desses eixos precede o conhecimento dos objetivos e práticas prescritas materialmente pelo impresso. Para Molina (1932), os objetivos e práticas do trabalho físico desenvolvem, harmonizam e integralizam todas as nossas funções orgânicas. Além disso, o exercício físico “[...] desenvolve a força, a dextresa, a resistencia, a velocidade, a harmonia de formas, a coragem, a audacia, o sangue frio, a tenacidade, em quatro palavras: a tempera de caráter” (MOLINA, 1932).

Diante de todas essas vantagens trazidas pelo trabalho físico, tornou -se indispensável a discussão da importância da Educação Física para um povo e, muito principalmente para o nosso, que era considerado uma “[...] sub-raça [...], uma multidão de indivíduos tristes de máu temperamento, nervosos” (PINHEIRO, 1933a). Além disso, nessa época, a Educação Física é vista como uma necessidade dos povos civilizados e sua adoção traria vantagens imediatas que refletiriam em todo o País e traria “[... ] como conseqüência o acréscimo das forças produtivas, aumento considerável do rendimento do trabalho individual e coletivo, fechamento de hospitais e presídios, e a formação e melhoramento da nossa raça” (MOLINA, 1932).

Assim sendo, fez-se necessária a escolha de um método que fundamentasse as práticas da Educação Física na sociedade brasileira. Na impossibilidade de apresentar um que fosse brasileiro, restou à Escola de Educação Física do Exército estudar todos os existentes e escolher o que mais seria útil aos seus propósitos.

Segundo Molina (1932),

O método a ser adotado deve ser geral, isto é, servir para qualquer idade ou sexo - com variantes, mas dentro de uma unica diretiva -; ser [fisiológico], isto é, basear-se no conhecimento perfeito das ações e reações organicas nas diferentes idades em face do exercicio fisico; ser atraente, meio psicológico e pedagogico, de obter-se a persistencia dos praticantes.

A todos esses requisitos satisfaz o método francês, daí sua adoção.

E’ este método cientifico-fisiologico e psicologico - idealizada para uma raça latina como a nossa que nós adotamos.

Pode-se constatar, então, que a Seção Unidade de Doutrina apresenta propostas para a prática da Educação Física, fundamentadas no Regulamento, Geral de Educação Física. Por meio desse Regulamento é feita uma interpretação, que é divulgada e colocada em prática pelos profissionais que ministram a Educação Física tanto no meio militar quanto no civil.[2]

Pela análise dessas propostas, verificou-se que

O ensino da educação física é ministrado sob a forma: de lições completas, abrangendo as sete famílias [Marchar; Trepar, escaladas e equilibrio; Saltar; Transportar e Carregar; Correr; Lançar; Atacar e Defender] com o objetivo de conseguir o desenvolvimento harmonioso do corpo; de sessões de jogos, destinada a substituir as lições uma ou duas vezes por semana, de sessões de esporte individuais e coletivos, que servem para o ensino e a prática de estílo e das regras e tática de cada um dêles, por fim, as sessões de estudo destinadas a preparar as lições completas de educação fisica geral e as desportivas (CAVALCANTI, 1932a).

Todas as lições[3] iniciam-se por uma sessão preparatória, passando pela lição propriamente dita e terminando com a volta à calma.

Os planos apresentados pela Escola de Educação Física do Exército para se ministrarem as aulas de Educação Física são bastante detalhados, incluindo desde a preparação material até a aula propriamente dita. "Toda lição de educação fisica deve ser preparada com antecedencia [...] nada deve ser improvisado; tudo deve ser previsto” (CAVALCANTI, 1932a). Completa a preparação material "[...] a locação de um estrado em que o guia possa ser visto por todos, ou então para ser ocupado pelo instrutor para ter uma vista sobre o conjunto” (CAVALCANTI, 1932b).[4]

O caráter organizativo da aula é colocado em evidência da seguinte forma: "[...] tal preparação material é a alma da lição completa e, sem éla, não se poderá satisfazer o principal principio - a continuidade ” (CAVALCANTI, 1932b, grifo nosso).

A lição é contínua quando não é interrompida por repouso algum. Esta continuidade é necessária, porque o fim procurado não é sómente agir sobre cada orgão tomado separadamente, mas tambem, e principalmente, obter um efeito de conjunto sobre o organismo (ESTADO MAIOR DO EXÉRCITO, 1934, p. 15).

Outro princípio que deve ser seguido para a composição das lições é que ela deve ser alternada, ou seja, a lição deve ser composta por exercícios que mobilizem as partes superior e inferior do corpo.

Esse princípio, segundo Cavalcanti (1932b):


 


Serve para dar desenvolvimento harmonioso ao corpo pelo equilibrio do mesmo numero de exercicios de braços e pernas e dando ainda aos membros um relativo repouso durante o tempo de espera da execução do outro membro. Este modo de proceder evita a fadiga muscular que resultaria do trabalho continuado de uma mesma parte do corpo.

A graduação da lição em intensidade e dificuldade constitui o terceiro princípio que, para ser alcançado, exige a organização de um plano geral de ensino, no qual são previstas lições mais intensas, compostas de elementos de dificuldade crescente.

De acordo com Cavalcanti (1932b),

Sua graduação em intensidade é atingida quando são seguidos no decorrer da lição a ordem das famílias dos exercicios onde essa exigencia está satisfeita. Aí encontram-se os exercicios classificados em ordem de energia crescente até, mais ou menos, a metade da lição propriamente dita, para depois decrescer até o fim da lição.

A atração da lição constitui o quarto princípio. “O método francês preconiza o ‘interêsse’, dizendo que a lição de educação física deve ser atraente” (PINHEIRO, 1933b, grifo do autor).

Conforme Dewey (1978, p. 63), o interesse é “[...] a garantia única de atenção; se conseguirmos interesse para uma série de fatos ou idéias, podemos estar certos de que o aluno empregará todas as suas energias em compreendê-los e assimila-los”. O autor afirma ainda: “[...] obtém-se interesse, exatamente, não se pensando e não se buscando conscientemente consegui-lo; mas, ao invés disto, promovendo as condições que o produzem” (1978, p. 113).

A lição é atraente quando os exercícios de cada família são freqüentemente variados, quando os jogos são introduzidos na lição no momento oportuno e quando o instrutor, por seu exemplo e sua atividade, sabe manter a alegria na sua escola (ESTADO MAIOR DO EXÉRCITO, 1934, p. 16).

Esse princípio é de grande importância e a sua execução depende do grau de habilidade do instrutor, "[...] só torna uma lição atraente, o instrutor que está integrado no seu papel e tem segurança de seu saber e conhecimento de seus alunos. Deste conhecimento resulta a introdução de meios destinados a tornar a lição agradável” (CAVALCANTI, 1932b).

Por fim, o Regulamento exige que a lição seja disciplinada, como último princípio. "A lição é disciplinada si os exercícios previstos são comandados sem hesitação, si se desenrolam normalmente e si são executados com a intensidade e a energia desejaveis por uma escola atenta” (ESTADO MAIOR DO EXÉRCITO, 1934, p. 16).

Esse princípio é alcançado pelo saber do instrutor, "[...] cuja ilustração permite que ele não vacile na direção da lição pela confiança que impõe aos alunos que instrue, conseguindo, com habilidade, prender a atenção destes e incentiva-los á execução correta dos movimentos” (CAVALCANTI, 1932b).

Os princípios de continuidade, alternância, graduação, atração e disciplina devem ser seguidos nas formulações das lições e devem existir também na sua execução. Seu emprego ocorre com a finalidade de "[...] desenvolver no espírito dos alunos qualidades de ordem geral que contribuem para o enriquecimento de suas qualidades morais” (CAVALCANTI, 1932b), moldando-os, dessa forma, de acordo com as exigências do Exército.

Como cita Rolim (1935, p. 35), "[...] a educação física póde ser considerada não só como uma preparação física para a guerra, como também uma preparação moral, visto como a vida do soldado em campanha consiste, tanto em resistir á fadiga como em vencer os sofrimentos e em desprezar os perigos”.


 

Considerados base para a fundamentação das lições e eixos pedagógicos específicos para aplicação na Educação Física, devem estar presentes na execução de todas as aulas de Educação Física, sejam elas ministradas em escolas militares, sejam em escolas civis. Esses princípios apresentam-se subordinados aos eixos doutrinários existentes no Exército, os quais orientam toda a doutrina institucional, são eles: a hierarquia, a ordem e a disciplina.

A educação militar considera fundamental o princípio da disciplina, que é a completa submissão aos preceitos regulamentares e a obediência, sem hesitação, ao oficialato. De acordo com a doutrina do Exército, a disciplina é um desdobramento das forças físicas, morais, intelectuais e psicológicas. Sendo assim, as propostas pedagógicas aplicadas no Exército e sugeridas por ele tendem a favorecer a utilização da hierarquia, da ordem e da disciplina, que estão mutuamente relacionadas.

 

Sobre a Seção Lição de Educação Física

A Lição de Educação Física é dividida em: Sessão Preparatória, cujo objetivo é o aquecimento do organismo, por meio de exercícios respiratórios e de flexibilidade; Sessão Propriamente Dita, composta por exercícios pertencentes ao que ficou

conhecido como as sete famílias: marchar, trepar, saltar, levantar e transportar, correr, lançar, atacar e defender-se; Volta à calma, que impõe ao organismo retornar ao seu estado inicial, por meio de exercícios respiratórios com marcha lenta e marcha com canto ou assobio e exercícios de ordem, e, por último, Sessão de Estudos, cujo objetivo é que os alunos aprendam o melhor modo de execução dos movimentos que entram na composição da Lição (CAVALCANTI, 1932a, grifo nosso). Além disso, podem ser introduzidos a essa Lição alguns jogos,[5] com a finalidade de torná-la mais atrativa.

As lições são organizadas, em grande parte, por oficiais (capitães e tenentes), mas há uma pequena colaboração de sargentos e civis, como professores, por exemplo.[6]

Os resultados indicam que a presente Lição é recomendada de forma diferente para militares e para civis. Na lição de Educação Física aplicada aos militares, predomina o uso da ginástica (composta de flexionamentos, dos exercícios educativos e das aplicações), com maior ênfase à "lição propriamente dita”, isto é, ao item “aplicações”, que corresponde as sete grandes famílias (FERREIRA NETO, 1999).

Os flexionamentos são movimentos de efeitos corretivos e de efeitos localizados sobre as articulações e sobre os músculos que as comandam. Dividem-se em duas categorias: a primeira compreende os flexionamentos dos braços, das pernas, do tronco e da caixa torácica; a segunda reúne os flexionamentos combinados e assimétricos.

Os exercícios educativos têm a função de preparar o sistema nervoso, as articulações e os músculos para a execução correta das aplicações, cuja finalidade é aperfeiçoar todos os meios físicos de que o homem dispõe e que desenvolveu pelos exercícios educativos e pelos flexionamentos. Além disso, as aplicações agem de forma eficaz sobre a formação do caráter, preparando o indivíduo para a solução de atos difíceis de realizar (RAMOS, 1938).


 


É importante ressaltar que a Educação Física Militar é diferente para os que estão ingressando no Exército e para os que já estão inseridos na tropa. Sendo assim, num primeiro momento, ela nada mais é do que a aplicação integral do Regulamento Geral de Educação Física e, num segundo momento, a continuação deste; com o aumento, porém, das aplicações militares que constituem uma parte especializada para o militar (REVISTA DE EDUCAÇÃO FÍSICA, 1933).

Essa instrução específica para os militares é feita por meio das lições de aplicações militares, que se diferenciam das lições de Educação Física, por terem cunho coletivo, pois sua finalidade é reunir em uma lição a aplicação das sete famílias, porém com os homens agrupados em unidades (pelotões, por exemplo), em situações de combate, com obstáculos, armados, fardados, equipados e carregados (COLONIA, 1933). Além do caráter coletivo, elas se diferenciam na seção preparatória, porque as lições de aplicações militares utilizam a marcha prolongada ao invés dos flexionamentos; além disso, a volta à calma é mais longa, pois o esforço nessa lição é maior; os exercícios de ordem são substituídos por exercícios de ordem unida (manejo de armas, por exemplo); o comando "posição fundamental” deve ser substituído pelo de "sentido”; não há jogos recreativos entre as lições; as aplicações são feitas uma vez por semana e possuem duração de 20min, no máximo (a comum tem duração de 45min) (COLONIA, 1933).

Existe, ainda, na seção Lições de Aplicações Militares, outra divisão: lições aplicadas aos normais e aos poupados (indivíduos que possuem deficiências físicas ou problemas respiratórios). Aos primeiros é aplicado o regime de trabalho do segundo grau do ciclo secundário e aos segundos são ministrados os exercícios aplicados ao primeiro grau do ciclo secundário.[7]

A lição de Educação Física destinada às crianças, ou seja, escolar, prioriza a utilização de jogos, uma vez que não se pode recomendar o mesmo conteúdo, metodologia e avaliação que se utiliza com o soldado e, além disso, devem-se respeitar os regulamentos das instituições escolares e ainda o desenvolvimento psíquico e fisiológico da criança. Sendo assim, as lições são específicas para cada série da Educação Física Elementar (pré-pubertária) e da Educação Física Secundária (pubertária e pós-pubertária).

Assim, a Educação Física Elementar é dividida em: 1° grau, crianças de 4 a 6 anos; 2° grau, de 6 a 9 anos; 3° grau, de 9 a 11 anos; e 4° grau, de 11 a 13 anos; a Educação Física Secundária é dividida em: 1° grau, adolescentes de 13 a 16 anos e 2° grau, rapazes e moças de 16 a 18 anos.

Os conteúdos das lições de Educação Física para os militares são: a ginástica e, em menor escala, os esportes individuais e coletivos. Já as lições de Educação Física nas escolas, principalmente no Ciclo Elementar, são compostas por jogos e brincadeiras.

Os jogos representam um meio inteligente de tornar a Educação Física atraente, desenvolvendo ao mesmo tempo qualidades corporais. Além disso, eles proporcionam oportunidades para a educação social, promovendo situações reais no mundo do brinquedo (REVISTA DE EDUCAÇÃO FÍSICA, 1938). Eles são divididos em pequenos jogos (não exigem esforços muito intensos, nem contrações musculares muito localizadas e seus efeitos são essencialmente higiênicos) e grandes jogos de caráter mais recreativo, graças ao prazer que acompanha sua prática e ao fato de serem realizados de forma mais ativa e intensa. “A criança que se acostuma nos jogos a respeitar o direito dos adversários e companheiros, aplicará mais tarde na vida real todos esses bons preceitos” (REVISTA DE EDUCAÇÃO FÍSICA, 1938, p. 34).

Às crianças de quatro a seis anos devem ser ministrados exercícios mímicos, jogos e pequenas evoluções; de seis a nove anos devem ser dadas pequenas evoluções, rodas cantadas, jogos e movimentos de iniciação, exercícios educativos e corretivos, educação respiratória, pequenos jogos coletivos, preparação às aplicações e natação; de treze a dezesseis anos, esse programa é realizado com maior intensidade, iniciando-se a preparação à prática esportiva (REVISTA DE EDUCAÇÃO FÍSICA, 1938).

Os exercícios mímicos ministrados aos alunos de quatro a seis anos são dados, principalmente, na forma recreativa de ginástica historiada,[8] que consiste em contar uma história infantil, previamente preparada, que abranja os exercícios de uma seção de ginástica comum e que, sempre que possível, inclua ensinamentos de bons hábitos (REVISTA DE EDUCAÇÃO FÍSICA, 1950).

A forma de transmissão do conhecimento utilizada pelo Exército, nas lições, é o método da demonstração ou seja, o instrutor faz, demonstra, e os alunos repetem (imitam).

As lições devem ser ministradas ao ar livre (estádio, por exemplo), com o tempo bom; e em compartimento coberto e com boa iluminação (ginásio, se houver), em caso de mau tempo (CAVALCANTI, 1932a). 

As lições nas escolas devem ser dadas em horários que não prejudiquem o recreio e nem perturbem a digestão dos alunos. Além disso, deve-se fugir sempre das horas de maior calor e de sol mais forte (REVISTA DE EDUCAÇÃO FÍSICA, 1938).

No Ciclo Elementar, utilizam -se poucos materiais didáticos e, uma vez que grande parte das lições é dada sob a forma de jogos ou de brincadeiras, o único material encontrado, até o momento, são cordas.

Na Educação Física Secundária para o 1° grau, são utilizados os materiais didáticos a seguir: cordas duplas, barreira para salto e medicine-ball.Para o 2° grau, são utilizados: vigas de madeira ou ferro com 30 a 40kg e medicine-ballde 4kg.

Na Educação Física Militar, as lições de Educação Física para o primeiro período de instrução utilizam os seguintes materiais: viga a 2m de altura, medicine-ball bolas, granadas, cordas ou hastes, saco leve para transportar e carregar, peso de 7kg e 257g prancha inclinada de 45°, grade ou sebe (cerca de arbustos, estacas ou ramos entrelaçados, para vedar terrenos) de 1m de altura, pórtico a altura de 7m, barras duplas, objetos pesados (pedra, por exemplo), vigas de 1,30m de altura, mastros ou árvores, bastões, bambus, cavalo, sarrafos para salto em altura, cabo-de-guerra, correia, trave. Para o segundo período de instrução: cabo inclinado, sarrafo para saltos, hastes retas para luta de tração, bambus e granadas.

Nas lições de aplicações militares, os materiais encontrados foram: fuzil (baioneta armada), talude (terreno inclinado), barreira e alvos, varas de salto, sacos de terra, material de esgrima (máscaras, luvas, sabres, mosquetão), chapéus de cavaletes, cabo, pórtico (átrio amplo, com teto sustentado por colunas ou pilares), armas, pás, picaretas, vigotas, maços (martelo de madeira usado por carpinteiros), estacas, arame, duas peças atreladas ou carregadas e manequins.

As roupas para a prática das lições de Educação Física devem ser próprias para as estações do ano, amplas, não comprimindo o tórax, o abdômen, o pescoço, os braços e as pernas (REVISTA DE EDUCAÇÃO FÍSICA, 1938).

Assim sendo, a análise dessa seção permite dizer que a lição de Educação Física destinada aos alunos das escolas civis é diferente da aplicada aos militares. Constatou-se a existência de seções específicas, como a Lição de Aplicações Militares, composta por exercícios aplicados exclusivamente no Exército, como lançamento de granadas, por exemplo. Já o caráter lúdico característico do conteúdo “jogo e brincadeiras”, que é prescrito predominantemente à escola, possui lugar periférico na caserna.

 

Considerações Finais

Os eixos pedagógicos propostos pelo Exército, como forma de disseminar a Educação Física na sociedade brasileira, são a continuidade, a alternância, a graduação, a atração e a disciplina, os quais se encontram subordinados aos grandes eixos doutrinários existentes no Exército: a hierarquia, a ordem e a disciplina que, por sua vez orientam toda a ação institucional. Observou-se, ainda, que esses eixos doutrinários e pedagógicos estão presentes tanto na Educação Física aplicada no meio militar (Exército) quanto na sociedade civil (Escola). Há evidências em Horta (1994) e em Ferreira Neto (1999) de resistências, conflítos dentro do mesmo campo acadêmico, sem que isso signifique contraposição, oposição de classe social.

A análise das propostas pedagógicas do Exército levanta o questionamento sobre quais teriam sido as bases teóricas utilizadas como suporte para sua construção. Nesse sentido, há indícios de que a base teórica desses princípios pode ser encontrada no pragmatismo e no funcionalismo visto nas obras de Jean-Jacques Rousseau (1979), Willian James (1985), John Dewey (1952; 1978) e Edouard Claparède (1958; 1959).

Com relação à análise da seção Lição de Educação Física, constatou-se que os objetivos, conteúdos, metodologia, recursos físicos e materiais didáticos utilizados nas Lições de Educação Física são diferentes para a instrução militar (Lição de Aplicações Militares) e para o ensino nas escolas.

Nas lições aplicadas aos militares, os objetivos têm caráter estritamente militar, ou seja, as lições são uma simulação de situações de combate, visando à preparação da tropa. Os conteúdos das aulas dão maior ênfase ao item “aplicações”, que corresponde as sete grandes famílias da lição; os recursos físicos utilizados também estão de acordo com os objetivos determinados, assim, são usados campos com obstáculos, cerca de arbustos, terrenos inclinados. Observou-se, ainda, que os materiais, em parte, também são de uso estritamente militar, como granadas e fuzis.

As lições destinadas aos escolares possuem como objetivos o robustecimento do corpo, a educação respiratória e o ensino de bons hábitos; seu conteúdo prioriza a utilização de jogos e brincadeiras; são ministradas em estádios ou ginásios; e os materiais didáticos usados, em sua maioria, são os que auxiliam nas brincadeiras, como cordas.

Os indícios de que há diferenciação nas lições propostas para os militares e para os escolares geram polêmica e carecem de demonstração, uma vez que grande parte das referências bibliográficas sobre o assunto não reconhecem esse fato. Todavia, também, está evidente que as interpretações homogeinizadoras sobre a matéria tendem a se situarem no campo da retórica e não no da História.

 

Referências

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______ . Unidade de doutrina. Revista de Educação Fisica, Rio de Janeiro, ano 1, n. 3,

jul. 1932b.

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______ . A escola sob medida Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1959.

COLONIA, Ilídio Romulo. Unidade de doutrina: aplicações militares. Revista de Educação Física, Rio de Janeiro, ano 2, n. 6, mar. 1933.

DEWEY, J. Democracia e educação. 2. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1952.

DEWEY, J. Vida e educação 11. ed. São Paulo: Melhoramentos, 1978.

EDUCAÇÃO física infantil. Revista de Educação Física, Rio de Janeiro, ano XVIII, n. 65/66, p. 16-17, 1950.

ESTADO MAIOR DO EXÉRCITO. Regulamento de Educação Física (3a parte). Rio de

Janeiro: Biblioteca de “A Defesa Nacional”, 1934.

FERREIRA NETO, Amarílio. A pedagogia no exército e na escola a educação física brasileira (1880 - 1950). Aracruz, ES: FACHA, 1999.

HORTA, José Silvério Baia. O hino, o sermão e a ordem do dia: a educação no Brasil (1930-1945). Rio de janeiro: Editora UFRJ, 1994.

JAMES, W. Pragmatismo e outros textos. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1985.

MOLINA, Antônio de Mendonça. Importancia da educação fisica para um povo: o metodo adotado. Revista de Educação Fisica, Rio de Janeiro, ano 1, n. 3, jul. 1932.

OLIVEIRA, Marcus Aurélio Taborda de. A Revista Brasileira de Educação Física e Desportos (1968-1984) e a experiência cotidiana de professores da rede municipal de ensino de Curitiba entre a adesão e a resistência. 2001. Tese (Doutorado em Educação: História, Política, Sociedade) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2001a.

PINHEIRO, João Ribeiro. A inquietação espiritual e a educação física. Revista de Educação Fisica, Rio de Janeiro, ano 2, n. 5, fev. 1933a.

______ . A pedagogia e a educação fisica. Revista de Educação Fisica, Rio de Janeiro,

ano 2, n. 6, mar. 1933b.

RAMOS, Jair Jordão. Secção Pedagógica. Revista de Educação Física, Rio de Janeiro, ano VI, n. 40, p. 38, jul. 1938.

 

ROLIM, Inácio de Freitas. Educação moral e educação física. Revista de Educação Física, Rio de janeiro, ano 4, n. 20, p. 35-37, mar. 1935.

ROUSSEAU, J. J. O emílio ou da educação. 3. ed. São Paulo: Difel, 1979.

SEGUNDA conferencia realizada pela divisão de educação física para os inspetores de ensino. Revista de Educação Física, Rio de Janeiro, ano VI, n. 43, p. 35-37, out. 1938.

UNIDADE de doutrina: educação física militar. Revista de Educação Fisica, Rio de Janeiro, ano 2, n. 5, fev. 1933.

5

Todavia, nas lições, os objetivos, conteúdos, metodologia, recursos físicos, materiais didáticos e avaliação são diferentes conforme a instituição: Exército ou escola. Essa assertiva pode ser conferida no impresso tanto na descrição das lições como nas imagens (fotografia e crokiart).

4   Um auxiliar munido de um relógio avisa ao instrutor o término dos tempos destinados aos vários

exercícios, enquanto outro auxiliar circula entre as filas para corrigir eventuais erros na execução dos movimentos. Essa prática e auxílio são exclusivos da Educação Física militar.

6



[1]

Existe no Exército nessa época um esforço de modernização do ensino, o qual deve privilegiar o ensino

prático sobre o teórico. Mais detalhes em: FERREIRA NETO, Amarílio. Os militares e a Educação. In:__________________________ .

A pedagogia no exército e na escola: a educação física brasileira (1880-1950). Aracruz, ES: FACHA, 1999. p. 25-40.

 

[2]

Aí reside uma polêmica que necessita ser enfrentada com rigor teórico-metodológico em nossa área. O projeto e prescrições para a área de Educação Física que foi interpretado como sendo exclusivamente produção militar, quando utilizado o referencial ginzburguiano acima referido, o que se obtém é uma

convivência material de militares e civis dentro do impresso de cordialidade, cooperação e complementaridade em favor da “causa nacional da Educação Física”. Posição similar é compartilhada por Oliveira (2001a) ao estudar a Revista Brasileira de Educação Física e Desportos durante a ditadura militar (1968-1984).

[5]  A respeito da importância dos jogos no desenvolvimento da criança, ver: ROLIM, Ignácio. Jogos. Revista de Educação Física, Rio de Janeiro, ano 2, n. 8, p. 3-5, maio de 1933.; MARTINS, Ivanhoé Gonçalves. Educação física infantil. Revista de Educação Física, Rio de Janeiro, ano 2, n. 8, p. 26-27, maio 1933.

[6]  Autores que escreveram textos sobre a organização das lições de Educação Física: capitão Inácio de Freitas Rolim, capitão José Manoel Ferreia Coelho, capitão Antônio Pires de Castro, capitão Raimundo Simas de Mendonça, tenente Laurentino Lopes Bonorino, primeiro-tenente Osvaldo Niemeyer Lisboa, primeiro-tenente Lélio de Miranda, primeiro-tenente Álvaro Alves dos Santos, primeiro-tenente Ivanhoé

Gonçalves Martins, primeiro-tenente José de Souza Bastos Júnior, sargento Paulo Teixeira, professor Idílio Alcântara O. Abade e professora. Felisbina Pinheiro Morais.

 

[7]  O regime de trabalho do segundo grau do Ciclo Secundário é composto por: sessão preparatória, lição propriamente dita (com uma ou duas aplicações dos exercícios das sete famílias) e volta à calma. O regime do primeiro grau Ciclo Secundário é constituído por: sessão preparatória, lição propriamente dita (três exercícios educativos e quatro aplicações).

 

[8]    Exemplo de lição de Educação Física dada na forma de ginástica historiada pode ser encontrado em: MORAIS, Felisbina Pinheiro. Educação física infantil: método prático para a realização das lições de educação física (organização da professora Felisbina Pinheiro Morais). Revista de Educação Física, Rio de Janei ro, ano VII, n. 45, p. 29-30, jun./jul. 1939.

 

 

 

Instituto de Pesquisa em Educação e Educação Física (PROTEORIA), http://www.proteoria.org
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Prévia do artigo AROEIRA, Kalline Pereira, FERREIRA NETO, Amarílio. A constituição curricular no ensino fundamental, médio e superior no Brasil: o debate na revista brasileira de ciências do esporte nas décadas de 1980 e 1990. In: SOCIEDADE BRASILEIRA PARA O PROGRESSO DA CIÊNCIA , 53., 2001, Salvador. Anais... Salvador: SBPC, 2001. 1 CD-ROM. NASCIMENTO, Ana Claudia Silverio; FERREIRA NETO, Amarílio. Análise das características formais de periódicos científicos da educação física: o caso da revista brasileira de ciências do esporte. In: SOCIEDADE BRASILEIRA PARA O PROGRESSO DA CIÊNCIA , 54., 2002, Goiânia. Anais...Goiânia: SBPC, 2002. 1 CD-ROM. Próximo artigo
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