A circulação de modelos pedagógicos e as reformas da instrução pública: atuação de Herculano Marcos Inglês de Sousa no final do Segundo Império
Pesquisador: Omar Schneider
Situação: desenvolvida entre 2003-2007.
Descrição: Esta tese busca compreender a reforma da instrução pública realizada, em 1882, no Espírito Santo pelo presidente da Província Inglês de Sousa. Parte da hipótese que a circulação dos modelos pedagógicos, durante o Segundo Império, é marca das lutas de representações que se engendram no período, e balizam a substituição dos métodos de ensino empregados para a formação dos professores nas escolas normais e dos alunos das escolas primárias. Para entender a reforma e desvelar a circulação dos modelos pedagógicos nela contidos, foi analisado o papel desempenhado pelo presidente de Província como administrador dos negócios do Império e agente de controle e organização do Estado. Nesse sentido, foram estudadas as experiências desenvolvidas por Inglês de Sousa nas três Províncias em que assumiu cargos públicos (São Paulo, Sergipe e Espírito Santo). Procurou-se compreender o modelo escolar que Inglês de Sousa divulgou e a forma escolar proposta em suas reformas. A pesquisa aponta que a instrução pública reformada foi compreendida por Inglês de Sousa como a única esperança possível para a modernização do Brasil e caminho para integrar o Império ao “nível do século”. A reforma, como estratégia de modernização que ele empreendeu, foi produzida de acordo com suas convicções liberais e positivistas, sobre as virtudes da educação como fator de progresso, que não prescindia da necessária laicização do ensino. Desse modo, a Pedagogia Moderna que ele advoga em suas reformas é aquela que se fundamenta no ensino intuitivo e nas lições de coisas que ele vai designar como pedagogia experimental, pois, nesse modelo, a experiência sensível vinha em primeiro lugar, como um ensino concreto, contrário aos métodos que iniciavam a aprendizagem por noções abstratas.
Financiamento: Capes/CNPq
Financiamento: Capes/CNPq
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