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Artigos > Comunicação e Produção Científica em Educação e em Educação Física > FERREIRA NETO, A. . A biologia, a psicologia e a pedagogia na Revista Brasileira de Ciências do Esporte (1979-1987). In: 20º Congresso da FIEP, 2005, Foz do Iguaçu. Boletim da FIEP, 2005.

FERREIRA NETO, A. . A biologia, a psicologia e a pedagogia na Revista Brasileira de Ciências do Esporte (1979-1987). In: 20º Congresso da FIEP, 2005, Foz do Iguaçu. Boletim da FIEP, 2005.


SABERES E PRÁTICAS: A BIOLOGIA, A PSICOLOGIA E A PEDAGOGIA NA REVISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS DO ESPORTE (1979 - 1987)

 

Rachel Borges Corte - Acadêmica de Educação Física - Bolsista PIBIC/CNPq/UFES

Amarílio Ferreira Neto - UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

Membros do PROTEORIA[2]

 

 

RESUMO

Objetiva detectar e discutir a influência da Biologia, da Psicologia e da Pedagogia na Educação Física escolar na Revista Brasileira de Ciências do Esporte (RBCE), no período compreendido entre de 1979 - 1987. Aponta que a Biologia, a Psicologia, a Pedagogia e Educação Física possuem, no periódico analisado, interfaces de continuidade com o movimento escolanovista.

 

INTRODUÇÃO

Podemos dizer que a Biologia, a Psicologia e a Pedagogia estão intimamente relacionadas com a Educação Física escolar. Verifica-se isso pela atenção dada a essas áreas na Revista Brasileira de Ciências do Esporte (RBCE), entre 1979 e 1987. Os artigos analisados sobre o assunto foram agrupados nos seguintes eixos temáticos: área, subárea, objetivos, referenciais teóricos, tipo de pesquisa, material e método, resultados e o motivo de o estudo ter sido realizado com escolares. Na delimitação do corpusdocumental restaram onze artigos completos com características da área da Biologia, seis relativos à Psicologia e seis sobre a Pedagogia na Educação Física escolar. Os textos selecionados datam de 1980 em diante, visto que esta pesquisa utiliza apenas trabalhos no formato de texto completo.

Sabe-se que, entre meados do século XIX e o final do século XX, a constituição do pensamento pedagógico sobre o componente curricular Educação Física se dá a partir da Biologia e da crescente incorporação das Ciências Humanas e Sociais aplicadas, neste caso a Pedagogia e a Psicologia, com vistas ao completo desenvolvimento do ser humano, por ser este o objeto de conhecimento e de intervenção em comum destas áreas de estudo. A escola, então, passou a ser objeto dos olhares para os quais se dirigiram tanto os médicos, munidos das descobertas na área biológica, quanto de uma nova espécie de especialistas: os psicólogos e os pedagogos, que trataram de convencer o público de que a escola exigia uma especialização do olhar, respaldada pela ciência (MARGOTTO, 2000).

Segundo Margotto (2000) pode-se entender a presença de tantos artigos com um mesmo assunto (as peculiaridades da infância, tomando-a como objeto de investimentos privilegiados) como indicando principalmente uma demanda por informações que pudessem fornecer respostas para questões que afligiam a educação. Conforme Lex (1975), o início e o término da idade escolar se subordinam a condições biológicas, psicológicas, pedagógicas e sociais. Foram sobre essas condições, que envolvem os escolares, que este estudo se propôs a analisar.

 

A BIOLOGIA E A EDUCAÇÃO FÍSICA

Estudos examinados na RBCE, no período de 1979 a 1987, sobre Educação Física mostram fortemente a presença da Biologia nas pesquisas realizadas com crianças em idade escolar. Em onze artigos analisados predomina o estudo do somatotipo, da antropometria, da aptidão física e de dobras cutâneas nos escolares. Em pelo menos seis desses estudos existe a preocupação com a mensuração dos dados antropométricos por meio da aferição de dobras cutâneas nos alunos. Isso sugere algumas indagações: por que essas crianças apresentavam diferentes valores dessa variável? Em que condições? Em quais idades? E, principalmente, o porquê do interesse pelo estudo de escolares?

A Antropometria foi analisada por meio do estudo de medidas de ordem somática e funcional; aspectos da personalidade; descrição e classificação dos biotipos; relações da Biotipologia com a Educação Física e noções de Estatística necessárias para agrupar os alunos. Em 1935, no Estado do Espírito Santo, foi realizado um estudo utilizando 12.031 crianças em idade escolar. Este estudo reuniu os principais elementos mensuráveis na criança, necessários a observação em idade escolar, isto é, aqueles em que mais se impõe acompanhar o crescimento: peso, estatura, força de preensão manual, força lombar, força escapular e índice de nutrição. Lourenço Filho[2] (s.d., p. 40) a respeito da contribuição dos estudos da antropometria diz que:

A êsse estudo, entregaram-se os cultores da antropometria pedagógica.Registrando numerosas observações, mediante mensurações em crianças de tôdas as idades, puderam determinar valores médios para os indivíduos de cada uma. A princípio, os da estatura e pêso; depois, os da proporção entre diferentes segmentos do corpo; enfim, os de perímetros e diâmetros nesses segmentos. Foi dêsse modo possível fixar índices do processo normal do crescimento, sôbre o qual curvas evolutivas se puderam construir, para estudo individual e comparativo.

Conforme a percepção de Belache (1938), existem semelhanças entre este estudo e aqueles encontrados nos artigos da RBCE quanto à forma de acompanhamento do desenvolvimento físico das crianças. Outra obra de referência que pode ser citada acerca desse assunto é a de Lex (1975). Ele também trata do crescimento físico das crianças em idade escolar, deixando-as sob o cuidado da escola que tinha por função submetê-las a exames antropométricos periódicos para assim dar indicações sobre o desenvolvimento físico dos escolares.

A Somatotipologia foi outra subárea da Biologia citada nos textos, seguida da Aptidão Física. Outras variáveis estudadas foram força de preensão manual em função da idade, sexo, peso e altura; índices de flexibilidade; capacidade física de trabalho a partir de treinamento com futebol; componentes do somatotipo e variáveis de performance física; força de membros superiores; incidência de cifose postural e ombros caídos em escolares. Os estudos analisados visaram, mediante uma revisão de literatura, a diferentes objetivos. Porém, em comum, eles têm a dimensão funcional do crescimento de crianças em idade escolar por meio de variáveis que podem sofrer mudanças de acordo com a maturação (SOARES; MIGUEL; MATSUDO, 1981).

Para a realização dessas pesquisas, alguns instrumentos foram necessários para a aferição das medidas: estadiômetro, balança, compasso, dinamômetro, paquímero, fita métrica, teste de sentar e alcançar de WELLS e DILLON. Além desses foram utilizados o teste t, para determinar como um ou mais grupos diferem de uma população, a ANOVA - análise de variância - e a ANCOVA - análise de covariância - (THOMAS; NELSON, 2002). As pesquisas consideradas caracterizavam-se por serem experimentais e descritivas (em sua maioria de cunho correlacional).

A criança desenvolve tão rapidamente as suas capacidades e se determina tão profundamente durante os primeiros anos de sua vida que devemos assegurar a ela neste período uma grande atenção, colocando-a em situação de permitir o máximo desenvolvimento de todas as suas potencialidades (DE ROSE; DE ROSE, 1980, p. 21).

Essa afirmação nos leva a crer que essa pode ser a razão fundamental de se praticar atividades físicas com crianças em fase de crescimento, pois esse é o momento no qual elas estão em processo de formação corporal e, por isso, necessitam de práticas orientadas para o seu pleno desenvolvimento. Oliveira (1985, p. 204) corrobora essa mesma idéia:


 


É uma fase onde necessitam de um correto desenvolvimento das capacidades necessárias para a perfeita integração e participação do homem na sociedade, tendo na Educação Física o centro integrador dos desenvolvimentos propostos pelas outras disciplinas do processo educacional.

Diante disso, as escolas passaram a estimular mais os escolares para o exercício de atividades físicas programadas para melhorar a aptidão física geral desses indivíduos (DUARTE, 1984). Marinho citado por Ferreira Neto (1999, p. 98) defende que

A Biologia nos permitirá [...] conhecer a constituição e a função das peças que compõem o organismo humano, de modo a permitir que os ritmos da nossa existência sejam traduzidos pelas impressões cinestésicas. Enfim, a Biologia nos possibilitará o conhecimento da vida física [grifos nosso].

Para Lourenço Filho citado por Ferreira Neto (1999, p. 99), as contribuições da Biologia no campo da educação referem-se à explicação da vida física do ser humano combinada com as mútuas influências recebidas do ambiente [grifos nosso]. Ao estudar a RBCE, atentando-se para questões como: crescimento, maturação e adaptação das crianças percebe-se que as contribuições da Biologia, apontadas por Lourenço Filho (s.d.), realmente tornaram-se parte dos conhecimentos fundamentais da Educação e da Educação Física.

Ainda segundo a percepção de Lourenço Filho (s.d. p. 40),

[...] Os dados biológicos logo permitiram deixar uma noção clara acêrca da interaçãoentre o organismo e o meio, e de tal modo que os fatos mais singelos de adaptação passaram a ser elucidados. Direta ou indiretamente, essas conquistas se refletiram no esclarecimento das possibilidades da ação educativa, fixando também os seus limites [...].

 

A PSICOLOGIA E A EDUCAÇÃO FÍSICA

Nos artigos que tratam da área da Psicologia, predomina o estudo da Psicologia do Esporte, que enfoca temas que relacionam a personalidade e o autoconceito com a participação em atividades físicas e habilidades motoras específicas; analisa o desenvolvimento da atenção em crianças; avalia os efeitos dos diferentes tipos de audiência (platéia positiva ou negativa) sobre teste de desempenho motor dos atletas; apresenta formas de avaliações sociopsicológicas e visa justificar, psicologicamente, a utilidade da prática escolar da Educação Física para o adolescente que trabalha.

Traços de personalidade como auto-imagem, autopercepção, auto-avaliação e auto-estima são marcadamente exploradas nesses estudos. Para a realização desses trabalhos, de caráter descritivo, foram utilizados como instrumentos escalas, inventários, avaliação sociométrica, análise de variância e, principalmente, questionários.

Conforme Cavasini; Matsudo (1980), a principal meta da Psicologia é proporcionar ao homem maneiras mais adequadas e práticas de agir, possibilitando um melhor ajustamento dele na sociedade. Assim, a Psicologia Esportiva tem como meta principal, investigar o comportamento do homem em atividades físicas e esportivas.

Conforme Lourenço Filho (s.d. p. 56) “[...] dever-se-ia imprimir uma direção ao comportamento e à organização da experiência infantil como um todo, inclusive quanto a expressões de adaptação social”, sendo essa orientação assumida pela Psicologia. O contato dos escolares com o esporte ou com as aulas de Educação Física é importante, pois a criança conhece o mundo por meio das manipulações, das sensações e organizações que essas manipulações vão exigindo. A Educação Física permite essa experiência, e por meio dela os alunos podem modelar as características de sua personalidade.

Segundo Lourenço Filho (s.d. p. 60), seria preciso “psicologizar a educação”, isto é, seria preciso apoiar o ensino no estudo do comportamento e na experiência do educando. Na concepção de Margotto (2000), tanto conceitos psicológicos influenciaram no entendimento de fenômenos educativos, quanto alguns fenômenos próprios da educação atuaram de forma a proporcionar apoio e direcionamento às pesquisas em psicologia. Nota-se muita semelhança entre a base psicológica do pensamento educacional de Lourenço Filho acerca da educação infantil e idades subseqüentes, com o objeto de discussão das pesquisas realizadas nos artigos da RBCE no período analisado. O conhecimento descritivo das diversas idades é importante para o educador, embora maior significação prática apresente a da infância e adolescência.

A criança tomou lugar privilegiado de observação na medida em que se entendeu o desenvolvimento infantil como ponto de partida para o entendimento da natureza humana. Alguns estudos da Psicologia defendem o princípio de que a educação se aperfeiçoa na medida em que mais e melhor se conheça a criança. Por isso a literatura,[3] mais uma vez, dá especial atenção ao desenvolvimento dos escolares, bem como de suas peculiaridades, tendo em vista que o conhecimento das variações psicológicas através das idades levaria a uma primeira conclusão de grande alcance na compreensão técnica da ação educativa.

A Psicologia surge, então, paulatinamente, como um dos saberes fundamentais para a teoria educacional, fazendo parte do ensino da Educação Física bem como de todas as outras disciplinas curriculares. Destaca-se, assim, sua importância para o desempenho adequado da função de educador e suas conseqüências decisivas para o aprendizado do aluno, favorecendo o progresso das qualidades morais e dirigindo a formação dos bons hábitos.

O que se pretende com a Psicologia é fazer com que o professor de Educação Física entenda que é preciso conhecer alguma coisa a mais da vida do aluno, além das classificações anátomo-fisiológicas. Rousseau, já no século XVIII, citado por Margotto (2000, p. 105), preocupado com o respeito à natureza infantil, corroborava essa mesma idéia quando postulava a diferença essencial entre a criança e o adulto e, mais do que isso, quando entendia que antes de fazer o que quer que fosse em educação, cumpriria àquele que ensina, tentar conhecer seu discípulo. Ainda nessa perspectiva, Compayré citado por Margotto (2000, p. 108)

[...] aponta para a importância do professor conhecer os alunos como estando na base da teoria educacional e da prática docente, e vincula a aquisição de um conhecimento tanto à possibilidade do professor aperfeiçoar os métodos de ensino, quanto no que se refere à educação moral.

O esporte para a criança tem sido visto como um fator primordial para o desenvolvimento do ajustamento social, pessoal, e como forma de melhorar o autoconceito e outras características de personalidade (CAVASINI; MATSUDO; CAZALATTI, 1980). Para Lex (1975), a Educação Física desportiva e recreativa escolar deveria primar por atividades que favoreçam a consolidação do desenvolvimento corporal e mental harmônico; a formação de todas as potencialidades físicas, morais e psíquicas do indivíduo; a aquisição de novas habilidades e a formação integral da personalidade.

 

A PEDAGOGIA E A EDUCAÇÃO FÍSICA

Ao analisar a abordagem pedagógica nos trabalhos selecionados na RBCE sobre Educação Física escolar, nota-se um maior enfoque sobre como estava sendo realizada a prática da Educação Física nas escolas de 1° grau, especialmente nas séries iniciais. Há, notadamente, uma preocupação com as políticas públicas, métodos de ensino, o debate sobre currículo e metodologia de trabalho relacionados com a situação da Educação Física no contexto educacional. Essas pesquisas foram feitas por meio de questionários.

As produções realizadas tanto por Oliveira (1985), quanto por Moreira (1986) apontam o que acontecia no debate curricular da Educação Física nas escolas no âmbito da RBCE. Esses estudos nos mostram que a Educação Física é vista ainda, por alguns educadores (e pela sociedade em geral), como fator educacional secundário na formação dos alunos. “É urgente desmistificar isto através de uma prática pedagógica diferenciada” [grifos nosso] (MOREIRA, 1986, p. 77). Mas, segundo Faria Filho (2004, p. 18), “Assim como mudam os mais variados aspectos da atividade humana, a relação da sociedade com a infância não poderia permanecer estática. Ao longo dos séculos XIX e XX, multiplicam-se as propostas e as ações dirigidas às crianças, na legislação, nas políticas públicas, na educação e na saúde, no mercado, etc”. Claparède (1959, p. 153), precursor da Pedagogia moderna, afirma que

Chegou a hora de substituir a pedagogia de uma dimensão - que coloca todos os alunos em fila indiana e numa só linha - por uma pedagogia de duas dimensões - que, a par das diferenças inegáveis de capacidade de trabalho, leve em conta principalmente os diversos tipos de aptidões, tipos êsses que devem ser colocados no mesmo plano e não uns atrás dos outros. A maneira pela qual se opera tal classificação hierárquica é, aliás, das mais discutíveis. Dá-se como certo terem certas matérias importância primordial, ou dá-se às notas obtidas em algumas delas uma predominância, sendo multiplicadas arbitràriamente por um coeficiente [...].

Para Soares (1986, p. 89), “A secundarização, e até mesmo a negação das atividades corporais como elemento constitutivo da Educação, tem seu fundamento [... ] na divisão do trabalho que rompe com a unidade da prática social”. Ainda nessa perspectiva, Sobral citada por Soares (1986, p. 90), afirma:

[...] o termo físico em vez de ser aplicado ao território corporal, pode ser referido à natureza dos meios utilizados e, então, a educação física passará a ser entendida como a disciplina educativa que utiliza meios de natureza física para promover as transformações implícitas no conceito de educação [...].

Ainda de acordo com Soares (1986), deve-se compreender a Educação Física como Educação, entendendo que o seu material pedagógico - o movimento - não se reduz a um ato puramente biomecânico, indo além disso. É necessário assumir a Educação Física de fato como uma disciplina curricular, uma vez que legalmente ela o é. Porém, na prática pedagógica, ela vem se constituindo como atividade acessória, principalmente nas escolas de 1° a 4° série do 1° grau que atendem somente ao mínimo necessário estipulado pela legislação, passando por cima do número de aulas semanais destinadas à prática de Educação Física, por quais professores as aulas são ministradas e o tempo destinado à sua realização (OLIVEIRA, 1985).

Barbosa (2004, p. 14) salienta que:


Dessa forma, somente a legalização da Educação Física não permitiu a sua aplicação na escola. Portanto, era preciso buscar uma organização estrutural e pedagógica para a prática dessa disciplina. Essa reflexão torna-se útil, pois possibilita compreender o seu grau de importância na escola, qual a finalidade a ser executada nessa instituição e na sociedade em que está inserida, identificando os meios apropriados para atingir os objetivos que lhes foram conferidos.

Admite-se que essa realidade traz prejuízos ao desenvolvimento físico, emocional, comportamental e intelectual de alunos que são privados de praticarem atividades físicas programadas e orientados por professores de Educação Física, visto que ela objetiva o desenvolvimento da psicomotricidade do aluno, a integração social, o espírito esportivo e o companheirismo entre os escolares das séries iniciais do 1° grau.

Claparède (1958, p. 171-172), analisa o problema dos regimes de ensino, considerando que,

Para desempenhar sua missão de maneira mais adequada, a escola deve inspirar-se em uma concepção funcional da educação e do ensino. Essa concepção consiste em tomar a criança como centro dos programas de dos métodos escolares [grifo nosso] e considerar a própria educação como adaptação progressiva dos processos mentais a certas ações determinadas por certos desejos. A escola deve ser ativa, isto é, mobilizar a atividade da criança. Deve ser mais um laboratório que um auditório. Para isso, poderá tirar útil partido do jôgo,que estimula ao máximo a atividade da criança.

Ainda segundo Claparède (1958, p. 70), a respeito do papel desempenhado pela infância na evolução humana: “[...] a infância é útil ao indivíduo porque é um período de plasticidade eminentemente favorável ao desenvolvimento das funções físicas e mentais [...]”. Essa é uma fase em que se deveria explorar as aulas de Educação Física nas escolas com o intuito de aperfeiçoar “[...] as aptidões, de que o adulto teria, mais tarde, necessidade” (GROSS citado por CLAPARÈDE (1958, p. 70)).

A bibliografia analisada destaca que alguns professores incorrem em um grave erro ao basear o ensino da Educação Física das séries iniciais exclusivamente em atividades centradas na iniciação desportiva, deixando a desejar nos aspectos de formação dos escolares. Recomenda-se priorizar um atendimento baseado na educação do movimento e não no ensino do desporto aos alunos de 1° a 4° séries (PICOLLI, 1987). As autoras Vaz e Stramandinoli citadas por Barbosa (2004, p. 18)

“[...] Alertam que não são inseridos os esportes devido à dificuldade de compreensão das regras”. As autoras apóiam essa posição afirmando que na escola primária os programas de Educação Física devem ser estruturados da seguinte forma:

1) Exercícios naturais; 2)Exercícios em aparelhos (os existentes em parques infantis); 3) Pequenos jogos; 4) 'Contest' elementares; 5) Grandes jogos; 6)Atividades rítmicas (a - ginástica rítmica, b - dança natural, c - dança regional); 7) Acrobacias educativas, fáceis; 8) Exercícios analíticos.

Contudo, a carência de preparação nas séries iniciais faz com que os alunos cheguem à 5° série, momento de darem início a atividades desportivas, sem as mínimas condições de equilíbrio, agilidade, elasticidade, lateralidade e outras valências físicas indispensáveis para tal prática, e que deveriam ter sido aprendidas (OLIVEIRA, 1985).

Vaz e Stramandinoli citadas por Barbosa (2004, p. 18), propõem para a educação secundária - correspondente à atual 5° série do ensino fundamental - as seguintes atividades:

1) Exercícios naturais; 2) Educativos; 3) Exercícios analíticos; 4)Atividades rítmicas [apenas para o sexo feminino]; 5) 'Contests'; 6) Grandes jogos; 7) Atividades desportivas; 8) 'Acrobacias educativas'médias; 9) Excursões.

Essas autoras (2004, p. 18) ainda salientam que

Nesse sentido, compreende-se, na educação secundária, a prática das atividades desportivas, pois [...] esse período é marcado pelo interesse dos adolescentes pela competição e performance. Assim o esporte torna-se um conteúdo que contempla esse período escolar.

No início do século XX, instalou-se uma polêmica em torno do esporte. Ferreira Neto, (1997, p. 72) assim se posiciona sobre essa questão:

[...] Os intelectuais recriminavam o esporte pelo fato de mobilizar e de liberar os instintos e as paixões humanas de modo desordenado, ao invés de contê-los, prejudicando a formação moral e intelectual da juventude. Tais recriminações ao esporte parecem justamente mostrar o contrário do que os seus entusiastas defendiam: sua capacidade em aprimorar a constituição física das pessoas, promover através de seus códigos e regras o fair play,auxiliar na formação do gentleman.

Ainda segundo esse autor (1997, p. 73),


O que importa notar na polêmica em torno do esporte [...] é o fato de que ela vaii alimentar, posteriormente, toda uma discussão pedagógica sobre o esporte, tentando adequá-lo a uma certa idade e incluindo-o num programa de educação física para crianças e jovens [...]”.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Pedagogia moderna tem estreita relação com os conhecimentos da Psicologia, uma vez que professores e outras pessoas que se ocupam da educação têm interesse pelo desenvolvimento mental da criança. Pode-se agregar a essas áreas de conhecimento os saberes da Biologia, para que se possa realizar um trabalho mais eficaz com os escolares utilizando como meio de educação a Educação Física. Corrobora essa mesma opinião Herbart citado por Claparède (1959, p. 183) “[...] As enormes lacunas de nossos conhecimentos pedagógicos resultam, em grande parte, da ausência da psicologia [...]”.

Ao analisar alguns artigos publicados na RBCE, compreendemos que existe na Educação Física escolar a influência dos grandes eixos da Biologia, da Psicologia e da Pedagogia. Os estudos destas grandes áreas de conhecimento fizeram da escola e do seu objeto de investigação, a infância, alvo de muitas pesquisas científicas que visaram preencher as lacunas existentes, no âmbito educacional, sobre o desenvolvimento e as peculiaridades das crianças.

Os artigos da RBCE nos trazem a Biologia com seu estudo focado no conhecimento da vida física do ser humano, combinado com as mútuas influências recebidas do ambiente; a Psicologia surge como um dos saberes fundamentais para a teoria educacional, com o objetivo de fazer com que o educador conheça seu discípulo mais profundamente; e a Pedagogia que nos mostra como estava sendo realizada a prática da Educação Física nas escolas de 1° grau, mormente nas séries iniciais, como pôde ser observado nos artigos da RBCE.

A constante busca de cientifização dos saberes e práticas teve relevância no cenário educacional brasileiro a partir da segunda metade do século XIX e veio a se consolidar no interior do movimento escolanovista. Esse movimento reviu o trabalho escolar, suas condições e resultados mediante novos pressupostos e métodos de investigação. A Escola Nova, como corrente de pensamento educativo, pretende mudar, ajustar socialmente o comportamento do professor, do aluno e da escola em relação a outras perspectivas, neste caso, em relação à Escola Moderna[4]. Já em meados do século XIX, admitiu-se que a infância devesse ser objeto de investigação sistemática. Como pode ser observado, existe, aparentemente, uma linha de continuidade, mesmo com as descontinuidades, entre aquela orientação pertinente no âmbito do escolanovismo e a produção científica veiculada na RbCe,entre 1979 e 1987. O pensamento pedagógico brasileiro, em especial da Educação Física, seria implantado e consolidado no século XX. “Concordavam os especialistas em assinalar o importante papel da cultura física na escola, onde deveria figurar em pé de igualdade com a formação intelectual, integrando-se nos planos de uma formação educativa integral” (LOURENÇO FILHO, s.d., p. 52).

De acordo com o movimento escolanovista, o estudo da criança é o ponto de partida para o conhecimento do educando em geral, sendo ampliado depois para as demais fases do desenvolvimento. Concebeu-se, então, uma ciência unitária da criança, a Pedologia, que considerava em conjunto os aspectos biológicos, psicológicos e educativos.

As conclusões dos estudos biológicos passaram a exercer influência de ordem geral na concepção do processo educativo. Os estudos da Psicologia defendem o princípio de que a educação se aperfeiçoa na medida em que mais e melhor se conheça a criança, e que seria preciso apoiar o ensino no estudo do comportamento e da experiência do educando (LOURENÇO FILHO, s.d.). Compayré citado por Margotto (2000, p. 109) considerava que o conhecimento proporcionado pela psicologia poderia auxiliar no aperfeiçoamento dos métodos pedagógicos. “Quanto mais se conhece a infância, mais se aprofundam as leis da natureza, e mais também os métodos pedagógicos se aperfeiçoam e se aproximam da verdade”.

Não é de se estranhar que os atuais estudos em Biodinâmica do Movimento Humano e Comportamento Motor Humano tenham a pretensão de ser traduzidos / pedagogizados para a intervenção na Educação Física escolarizada, mas devemos reconhecer que há muito o que se pesquisar sobre a interface Ciências Biológicas e Ciências Humanas e Sociais como contribuição para a constituição de uma teoria da Educação Física brasileira. A hipótese de fundo é que uma teoria da Educação Física brasileira, constituída no século XX, é resultante de incorporações sistemáticas de conhecimentos oriundos das ciências exatas, ciências biológicas e ciências humanas e sociais. É também difícil não reconhecer que tal hipótese já estava posta na década de 1940, nos estudos de Inezil Penna Marinho (1944). Hipótese essa, “amordaçada” por críticas nos últimos 25 anos na Educação Física brasileira. Mas, como as páginas da RBCE podem indiciar, a hipótese tem vigor e, por contradição, resiste no interior da produção veiculada na RBCE. O que a “ideologia” não deixou ser percebido pela comunidade científica, foi sua presença contínua, duradoura e integradora.

 

REFERÊNCIAS

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CAVASINI, Sandra M.; MATSUDO, Victor K. R. Método simples de avaliação psicológica na área das atividades físicas e esportivas. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, São Caetano do Sul, v. 1, n. 3, p. 16-20, maio 1980.

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DE ROSE, R. C. F.; DE ROSE, E. H. Influências do fator sócio-econômico no desenvolvimento somático e neuro-motor do pré-escolar. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, São Caetano do Sul, v. 1, n. 3, p. 21-25, maio 1980.

DUARTE, Carlos Roberto. Efeitos de dois programas de atividade física sobre a aptidão física geral de escolares. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, São Paulo, v. 6, n. 1, p. 123-129, set. 1984.

FARIA FILHO, Luciano Mendes (org.). A infância e sua educação - materiais, práticas e representações (Portugal e Brasil). Belo Horizonte: Autêntica, 2004.

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LOURENÇO FILHO, M. B. Introdução ao estudo da escola nova. 8. ed. São Paulo: Melhoramentos, s.d. 271p.

MARGOTTO, Lílian Rose. A Psicologia chega à escola: o saber psicológico nos periódicos educacionais (São Paulo - 1890-1930). 2000. 254 f. Tese (Doutorado em Educação) - Programa de Pós-Graduação em História e Filosofia da Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2000.

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SOARES, Carmen Lúcia. A educação física no ensino de 1° grau: do acessório ao essencial. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, São Paulo, v. 7, n. 3, p. 89­92,maio 1986.

THOMAS, Jerry R.; NELSON, Jack K. Métodos de pesquisa em atividade física. Porto Alegre: Artmed, 2002. 


 



[2]
Instituto de Pesquisa em Educação e Educação Física (PROTEORIA), endereço eletrônico: www.proteoria.org

[2]  As citações dos autores: LOURENÇO FILHO (s.d.), MARGOTTO (2000), CLAPARÈDE (1958), idem (1959) serão transcritos na grafia original, sem correções.

[3]Ver, por exemplo, CAVASINI; MATSUDO (1980), PELLEGRINI (1983) e DAOLIO (1986).

[4]  Como trabalhamos com impressos, é relevante fazer a distinção dos usos desse instrumento pela Escola Moderna e Escola Nova. Os impressos na Escola Moderna funcionavam como “caixa de utensílios”, fornecendo modelos de lições, aulas, atividades, etc. O princípio “[...] é fornecer bons moldes [...]”. Já para a Escola Nova os impressos serviam como coleção para os professores, cujo objetivo era fundamentar o professor nas teorias educacionais, de modo a fornecer-lhe base para uma educação mais científica, e incentivá-lo a adquirir hábitos de leitura, constante atualização e aprimoramento nessas teorias científicas educacionais ( CARVALHO, 2001).

 

 

 

Instituto de Pesquisa em Educação e Educação Física (PROTEORIA), http://www.proteoria.org
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Prévia do artigo NASCIMENTO, Ana Claudia Silverio; LOVISOLO, Hugo Rodolfo. Scientific production of doctors em Physical Education 9(1990-2000). The FIEP bulletin, Foz do Iguaçu, v. 75, p. 527-530, 2005. SCHNEIDER, O. ; BERTO, R. C. . Saúde, higiene, Educação Física e cultura escolar: um olhar sobre a infância a partir da revista Educação Physica. In: IV Congresso Brasileiro de História da Educação, 2006, Goiânia. A educação e seus sujeitos na história. Goiânia : SBHE, 2006 Próximo artigo
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