LIMA, Lidiane Picoli; LOCATELLI, Andrea Brandão. A constituição do Grupo Escolar Bernardino Monteiro e suas relações com a educação física. 2012. In: VII Seminário do Centro de Memória da Educação Física/UFMG: Homo Gymnasticus na História, 2012, Belo Horizonte.
A CONSTITUIÇÃO DO GRUPO ESCOLAR BERNARDINO MONTEIRO E SUAS RELAÇÕES COM A EDUCAÇÃO FÍSICA (1908-1925)
Lidiane Picoli Lima[1]
Andrea Brandão Locatelli[2]
Resumo:Objetiva resgatar a historicidade do Grupo Escolar Bernardino Monteiro, localizado no município de Cachoeiro de Itapemirim, Espírito Santo, considerado modelo de escola primária dentro do processo de escolarização do Estado durante a Primeira República; bem como compreender a inserção da Educação Física como disciplina escolar nessa instituição no período entre os anos de 1908 e 1925. O trabalho constitui o projeto de pesquisa de mestrado no Programa de Pós-Graduação em Educação Físca/UFES. A interlocução teórico-metodológico é feita com a história cultural, buscando a realização de análises pontuais e particulares sobre o modelo educacional efetivado na localidade. As fontes utilizadas no estudo foram os relatórios de governo e da Instrução Pública e impressos do período.
Palavras-chave: Grupo Escolar, Educação Física, História da Educação.
Introdução
No fim do século XIX e início do XX, o processo de instauração de governos republicanos no Brasil defendia a busca do progresso e da modernidade idealizada, elegendo a instrução pública como responsável pela formação de cidadãos que conformariam a nova ordem social, ou seja, aptos a responderem por seus deveres, conforme as diretrizes de constituição de uma sociedade republicana.
A criação e a implantação dos grupos escolares[3] no País foi aspecto central na pretendida organização e ordenação dos cidadãos para o progresso desejável do cenário social republicano. A educação foi idealizada como peça central no processo, por meio das novas relações estabelecidas entre o espaço e o tempo para a escolarização primária e requereu formação diferente dos sujeitos envolvidos no processo, professores e alunos.
Ao deslocarmos nossos olhares para a História da Educação no Espírito Santo é possível observarmos em sua produção acadêmico-científica um número insignificante de trabalhos em períodos anteriores a década dos anos de 1930; e a concentração de dados originados na Capital do Estado, o que, segundo os autores Simões, Franco e Salim (2009), desconsidera as singularidades das diferentes localidades desta região. Estes autores também associam os problemas de registro da história capixaba à dificuldade do acesso às fontes e de investimentos significativos no campo da pesquisa histórica em geral, assim como à continuidade e regularidade dos trabalhos acadêmicos e científicos produzidos em núcleos de pesquisas das instituições, os quais também tem dificuldade em se constituírem.
A institucionalização do ensino público no início do período republicano no País mostrava-se fundamental para promover o projeto de modernização do país em busca da cidadania e participação política. Um dos caminhos para alcançar essa meta seria pela educação integral, a qual tinha como instrumentos a educação física, intelectual e moral.
Desse modo, analisar os saberes postos em circulação e materializados no contexto da experiência capixaba nos interessou no sentido de resgatar o que caracterizava as discussões políticas da localidade e quais as suas relações com os programas de ensino primário e com a educação física, constituídos a partir do novo modelo pedagógico de ensino, pelos grupos escolares.
Objetivo
Objetiva compreender o processo de constituição histórica do Grupo Escolar Bernardino Monteiro, no município de Cachoeiro de Itapemirim, Estado do Espírito Santo, e da inserção da Educação Física nessa instituição a partir do modelo educacional que deveria ser materializado como símbolo da República.
Procedimentos metodológicos
Do ponto de vista metodológico, este trabalho se organiza com dados descritivos e interpretativos. Para tanto, utilizamos como fontes de pesquisa impressos como o jornal “O Cachoeirano”, documentos oficiais disponibilizados pelo Arquivo Público do Estado do Espírito Santo, tais como: decretos; leis; relatório de inspetores e diretores escolares ao secretário da Instrução Pública; mensagens presidenciais referente aos governos do final do século XIX e século XX; certificados de 3° e 4° anos do grupo escolar; livro de atas e imagens, como meio a dirigir as discussões da época, recorrentes ao município e ao processo educacional do Bernardino Monteiro. Também foram utilizados os documentos disponíveis na Biblioteca Municipal “Casa dos Braga”, da cidade de Cachoeiro de Itapemirim, bem como livros de autores Cachoeirenses que retratam o desenvolvimento da cidade na época.
Fundamentação teórica-historiográfica
Mudanças vêm ocorrendo na área da História da Educação, principalmente ao se referir as pesquisas históricas, com a modificação na forma de fazer a seleção, o tratamento, a análise das fontes e/ou a ampliação das mesmas e dos objetos, além das transformações de caráter teórico-metodológicos e da própria escrita sobre a história (GALVÃO; LOPES, 2010). No Espírito Santo as transformações das perspectivas de investigação histórica ganham ênfase, principalmente nos estudos sobre a História da Educação do Estado, a partir dos anos de 1990[4] (SIMÕES; FRANCO; SALIM, 2009).
Como parte dessa renovação que chega a História da Educação, podemos citar a Nova História Cultural[5], a qual se centra em estudos mais pontuais, não restritos aos recortes macros, mas valorizando as pessoas silenciadas, consideradas na periferia, frente aos estudos de grandes personalidades. Com a ampliação das fontes e objetos, essa perspectiva vai além da descrição de dados, ressaltando também a interpretação de documentos e acontecimentos, por meio de estudos particulares.
Nesse sentido, tomamos como referencial teórico-metodológico desta pesquisa os conceitos de representação de Chartier (1990, 1991), para tratar as fontes e com elas analisarmos os usos que foram realizados, por aqueles que estabeleceram as discussões e constituíram o referido grupo escolar. Além disso, é possível observar como essas informações foram consumidas por aqueles que trabalharam dentro desse grupo escolar e, especificamente, os que trabalham com a ginástica, apresentando assim as práticas de representação desses professores. Para o autor,
No espaço assim traçado se inscreve todo trabalho situado no cruzamento de uma história das práticas, social e historicamente diferençadas, e de uma história das representações inscritas nos textos ou produzidas pelos indivíduos. (CHARTIER, 1991, p. 179).
Para podermos relacionar outras maneiras de compreender tais discursos, fazemos uso também dos conceitos de estratégias e táticas de Certeau (1994). Para o autor, as estratégias surgem,
[...] das relações de forças que se torna possível a partir do momento em que um sujeito de querer e poder [...] pode ser isolado. A estratégia postula um lugar suscetível de ser circunscrito como algo próprio e ser a base de onde se podem gerir as relações com uma exterioridade de alvos ou ameaças. Certeau (1994, p. 99).
Caracterizamos em nossa pesquisa as estratégias utilizadas por aqueles que assumem um lugar de poder, naquela sociedade e pensam os grupos escolares, durante as reformas de governo, de Jerônimo Monteiro (1908-1912), por meio dos discursos proferidos sobre a importância dessa forma escolar e as práticas que deveriam ocorrer naquelas escolas, além dos tipos de modelos pedagógicos que elas precisariam assumir.
Sobre as táticas, estas podem ser compreendias como os usos que esses atores conferem sobre o seu modo de agir e fazer nas práticas escolas, frente aos discursos que lhe são impostos.
A tática não tem por lugar senão o do outro. E por isso deve jogar com o terreno que lhe é imposto tal como o organiza a lei de uma força estranha. [...] ela opera golpe por golpe, lance por lance. Aproveita as “ocasiões” e delas depende, sem base para estocar benefícios, aumentar a propriedade e prever saídas. O que ela ganha não se conserva (CERTEAU, 1994, p. 100).
Para o trabalho com as fontes documentais é preciso estar atento aos detalhes e aos eventos que ocorrem no entorno dos acontecimentos. Assumimos esses vestígios, indícios, símbolos, sinais e objetos, os quais podem parecer insignificantes em um primeiro momento, mas que contribuem para a compreensão de dados e, consequentemente, para a construção da história.
Nesse sentido, utilizamos as ideias de Ginzburg (1989) sobre o paradigma indiciário para descrever e fazer interpretações de determinados acontecimentos por meio de indícios que se repetem cotidianamente. Trabalhamos com os indícios das práticas e os resíduos dos arquivos, para compreender a escolarização da Educação e da Educação Física capixaba.
Resultados e discussões
No início do século XX a escola se mostrava como um caminho para a modernização servindo de símbolo para o alcance da civilização almejada pelos republicanos. Os governos estaduais do País procuravam implementar e prover a manutenção do ensino primário por meio de suas reformas de instrução pública e promover a obrigatoriedade e a gratuidade do ensino para uma grande parcela da população.
Desse modo, no Estado do Espírito Santo, no quadriênio do governo de Jerônimo Monteiro, entre 1908 a 1912, por meio do professor paulista, Carlos Alberto Gomes Cardim, contratado como Inspetor Geral de Instrução Pública é que o ensino no Estado foi reformado.
A Lei nº. 545 de 1909[6] reformulou a Instrução Pública primária e secundária e dentre as organizações estabelecidas estava a delimitação do ensino primário através de determinadas escolas, como: escolas isoladas, mistas, noturnas, reunidas, grupos escolares e Escola Modelo, anexa à Escola Normal. Além disso, essa mesma lei classificava as escolas conforme sua localização em relação à Capital do Estado.
Entretanto, o Espírito Santo ainda carecia de práticas administrativas e políticas que pudessem atender a instrução pública, dentre elas a implantação de prédios escolares específicos para atender o ensino primário.
Em 1908 foi criado o primeiro grupo escolar do Espírito Santo, localizado na capital do Estado, o qual recebeu o nome do Inspetor Geral da Instrução Pública, Grupo Escolar Gomes Cardim. No entanto, essa escola ainda não atendia aos ideais pretendidos pela reforma, pois não funcionava em um local próprio, mas sim em um edifício provisório.
Nesse sentido, embora as condições financeiras não fossem suficientes para atender a demanda da instrução pública, tornava-se necessário a construção de um prédio próprio e que fosse referência para o ensino primário, com mobiliário, professores e método de ensino adequado.
O serviço do ensino publico representa pezado encargo para o nosso orçamento, apezar dos recursos de que temos lançado mão [...] por isso o governo a fornecer com certa demora mobiliario ás escolas do interior, com o intuito de ver todas as casas de instrucção, no Estado, providas de moveis apropriados e decentes, além dos utensílios, livros e todos os materiaes precisos. (JERONYMO MONTEIRO, 23 de setembro de 1910, p. 22)
No caso do grupo escolar Bernardino Monteiro, situado no município de Cachoeiro de Itapemirim, cidade natal do então governador do Estado, teve suas obras de construção iniciadas em 1911. Entretanto, a sua concretização ocorreu durante o governo seguinte, em 1913, durante o quadriênio do então governador Marcondes de Alves de Souza, 1912 a 1916, sob o comando do Inspetor Geral de Instrução Pública professor Deocleciano de Oliveira. Esse grupo teve sua denominação em homenagem ao irmão do ex presidente do Estado, Jerônimo Monteiro.
Este grupo escolar foi referência arquitetônica do modelo escolar que se pretendia materializar como símbolo republicano, fato registrado no jornal republicano da cidade, O Cachoeirano.[7]
“Foi inaugurado hontem o Grupo Escolar desta cidade, o primeiro construído no Estado. E’ um edifico amplo, com dois pavimentos e fachada assas elegante. Os seus vastos salões foram por este motivo ornamentados caprichosamente.
A ceremonia de inaguração, além dos professores e outras pessoas desta cidade compareceram o presidente do Estado, o senador Bernardino Monteiro e o ex-presidente dr. Jeronymo Monteiro que especialmente aqui vieram para assistir áquelle acto” (O CACHOEIRANO, 16 de fevereiro de 1913, p.2)
Embora o objetivo de implantação dos grupos escolares fosse atender grande parte das crianças da cidade, é possível perceber que a capacidade máxima do Bernardino Monteiro não era suficiente para atender todas as crianças que necessitassem de escola, sendo dessa forma de igual relevância a manutenção e permanência de outras escolas modelares, como as escolas isoladas.
“Informam-nos que por motivo de se achar completo o numiro de alumnos de cada serie, admettido pelo Regulamento do ensino, foram recusados vários alumnos no grupo Escolar. O facto precisa de ser remediado.
Si não for possivel atolerancia de se exceder áquelle numero, compete ao presidente do Estado, usando das faculdade que lhe confere a lei em vigor, crear uma ou mais escolas isoladas, de modo que essas creanças recebam instrucção, mormente sendo creanças pobres, segundo a informação que recebemos.” (O CACHOEIRANO, 16 de Fevereiro de 1913, p.2)
É importante relatar que, apesar da matrícula ainda ser realizada em escolas isoladas, o governo já protestava, antes mesmo da instalação do grupo escolar, a necessidade de melhoria nas demais escolas do interior, que se encontravam em situações precárias: “[...] O mesmo não posso, porém, dizer com relação ou antes ás salas em que funccionam as escolas isoladas do interior. Estas são geralmente acanhadas e não obedecem ás prescripções da hygiene” (MARCONDES ALVES DE SOUZA, 08 de outubro de 1912, p. 17).
Sabemos que o modelo de ensino primário denominado grupo escolar nasce como um meio para aperfeiçoar a racionalidade social intrínseca ao desenvolvimento econômico da sociedade. Nesse cenário a escola primária adquiria inúmeras finalidades e expectativas, passando a ser no período uma instituição comprometida com os ideais do novo regime, que eram veiculados pelos valores cívico-patrióticos e através de diferentes atividades como, por exemplo, os exercícios físicos.
“O sentimento civico é despertado constantemente pela recordação dos nossos grandes feitos e dos dignos e venerandos antepassados.
Os exercicios physicos, militares para os alumnos e de gymnastica para as alumnas, os cânticos e as solemnisações das nossas grandes datas conservam o animo da creança sempre bem disposto para o estudo, facilitam-lhe a comprehensão e a levam a receber a instrucção com facilidade e com agrado, sujeitando-se alegremente á disciplina escolar e sympathisando-se com a escola.” (JERONYMO MONTEIRO, 1910, p. 22)
Como parte das finalidades do grupo escolar é possível destacar através de suas estruturas modernizantes, uma contribuição para o embelezamento das cidades, assim como para a disseminação de práticas higiênicas.
Assim, uma maneira de materialização dessas características foi possível no Espírito Santo, por meio de atividades como a ginástica, a qual já era prevista no governo de Jerônimo Monteiro, 1908 a 1912. Essa prática seria aprendida por professores da escola de formação docente, a Escola Normal, os quais pudessem atuar com diferentes atividades nos grupos escolares que estavam em formação, tendo em vista que no ensino graduado as aulas de ginástica eram ministradas por um professor específico.
“O accummulo de serviços neste departamento obrigou a separar da inspectoria geral a direcção da escola Modelo, bem como a crear e prover mais uma cadeira de gymnastica para as escolas da capital. Espero que estes actos sejam approvados, visto como, foram praticados em face da necessidade imposta pelo serviço publico.” (JERONYMO MONTEIRO, 1911, p.25)
Ao que se refere ao Grupo Escolar Bernardino Monteiro, é possível observar através de um ofício[8] enviado por uma professora da Escola Normal, a sua manifestação para conduzir as aulas de ginástica no referido grupo, antes mesmo de sua inauguração.
“Pelo presente Alvará do meu proprio punho nomeio e constituo meu bastante procurador na cidade da Victoria ou onde com esta se apresentar ao Sr. Antonio Rodrigo Monteiro para praticar todos os actos legaes e necessários á conseccução do meu titulo de professora de Gymnastica e Musica do Grupo Escolar de Cachoeiro de Itapemirim,prestando e assignando o respectivo compromisso legal e praticando todos os actos permittidos em direito” (MARIA DUARTE RABELLO, 8 de Fevereiro de 1913).
Entretanto, logo em 1915, a mesma professora foi encaminhada para outra escola, o que deixa dúvidas sobre sua saída da escola: "[...] removendo, a seu pedido, a professora de gymnastica do grupo escolar Bernardino Monteiro, normalista Maria Duarte Rabello, para a escola feminina da Villa da Ponte de Itabapoana” (MARCONDES ALVES DE SOUSA, 1915, p.87).
Considerações finais
Para que o caráter modernizador do período investigado pudesse ser desenvolvido e socializado entre os cidadãos era preciso que o modelo estrutural da escola tivesse um espaço específico de funcionamento, condizente com as suas finalidades, bem como estabelecesse as requeridas práticas higiênicas.
Pudemos constatar a presença do Grupo Escolar Bernardino Monteiro e da Educação Física como parte do processo modernizador que se pretendia instaurar no Espírito Santo. Entretanto, é possível perceber que, mesmo com a necessidade de implantação dessa escola modelar, considerada referência para o Estado e para a cidade na qual foi instituída, observamos precariedades e inadequações entre o que se previa na reforma de ensino e o que se concretizava naquela instituição. Ainda assim, afirmamos esta escola graduada como um avanço no cenário do ensino primário espírito-santense da Primeira República.
Referências
BENCOSTTA, Marcus Levy Albino. Grupos escolares no Brasil: um novo modelo de escola primária. In: STEPHANOU, Maria; BASTOS, Maria Helena Camara (org.) História e memórias da educação no Brasil, vol. III: século XX. 3 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.
CARVALHO, Marta Maria Chagas de. A escola e a república e outros ensaios. São Paulo: Editora Universitária São Francisco, 2003.
CATROGA, Fernando. Memória, história e historiografia. Coimbra: Quarteto Editora, 2001.
CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano: 1, artes de fazer. 8. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994.
CHARTIER, Roger. A História Cultural: entre práticas e representações. Lisboa: Difel, 1990.
ESPÍRITO SANTO (ESTADO). Presidente de Estado (1908-1912: Monteiro) Mensagem dirigida por Jeronymo de Souza Monteiro, Presidente do Estado do Espírito Santo. ao Congresso do Espirito Santo em 23 de setembro de 1910. Vitctoria: Imprensa Official, 1910.
ESPÍRITO SANTO (ESTADO). Presidente de Estado (1908-1912: Monteiro) Mensagem dirigida por Jeronymo de Souza Monteiro, Presidente do Estado do Espírito Santo. ao Congresso do Espirito Santo em 03 de outubro de 1911. Vitctoria: Imprensa Official, 1911.
ESPÍRITO SANTO (ESTADO). Presidente de Estado (1912-1916: Souza) Mensagem apresentada ao Congresso Legislativo por Marcondes Alves de Souza, Presidente do Estado do Espírito Santo em 08 de outubro de 1912. Vitctoria: Imprensa Official, 1912.
ESPÍRITO SANTO (ESTADO). Presidente de Estado (1912-1916: Souza) Mensagem apresentada ao Congresso Legislativo por Marcondes Alves de Souza, Presidente do Estado do Espírito Santo em 22 de outubro de 1913. Vitctoria: Imprensa Official, 1913.
GALVÃO, Ana Maria de Oliveira; LOPES, Eliana Marta Teixeira. Território Plural: A pesquisa em História da Educação. São Paulo: Ática, 2010.
GINZBURG. Carlo. Sinais: raízes de um paradigma indiciário. Mitos, emblemas, sinais: morfologia e história. SP: Companhia das Letras, 1999.
LE GOFF, Jacques. História e Memória. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 1990.
LEMOS, Renato. A alternativa republicana e o fim da monarquia. In: GRINBERG, Keila; SALLES, Ricardo. O Brasil Imperial. Vol. II: 1870-1889. RJ: Civilização Brasileira, 2009.
O CACHOEIRANO. 16 de fevereiro de 1913, p. 02, n. 07.
PINHEIRO, Antonio Carlos Ferreira. Grupos escolares na Paraíba: iniciativas de modernização escolar (1916-1922). In: VIDAL, Diana Gonçalves (org.). Grupos Escolares: cultura escolar primária e escolarização da infância no Brasil (1893-1971). Campinas – SP: Mercado de Letras, 2006.
SIMÕES, Regina Helena Silva, FRANCO, Sebastião Pimentel, SALIM, Maria Alayde Alcantara. A história da educação no Estado do Espírito Santo: o que se produz na academia. In: SIMÕES, Regina Helena Silva, FRANCO, Sebastião Pimentel, SALIM, Maria Alayde Alcantara (org.). História da Educação no Espírito Santo: vestígios de uma construção. Vitória-ES: EDUFES: UFES Programa de Pós-Graduação em Educação, 2009.
[1]Mestranda em Educação Física e membro do instituto PROTEORIA, pela Universidade Federal do Espírito Santo, UFES, CAPES, lidipl@hotmail.com
[2]Doutoranda no Programa de Pós Graduação do Centro de Educação da Universidade Federal do Espírito Santo e membro do PROTEORIA, andrea@proteoria.org
[3] Segundo Bencostta (2009), os grupos escolares, também chamados de escolas graduadas, eram uma experiência inovadora para a consolidação dos modernos métodos pedagógicos que se tentava instalar e assim, concretizar um novo tipo de educação popular e universal. Para Pinheiro (2006), os grupos escolares eram caracterizados por se empenharem em realizar o agrupamento de alunos classificados por nível de conhecimento e domínio do conteúdo, objetivando tornar as classes escolares uniformes.
[4]Segundo Galvão e Lopes (2010), essa renovação das perspectivas históricas e a ampliação das fontes, ocorrem na Europa a partir dos anos 60, do século XX e chega ao Brasil, na década de 1980. Da mesma forma, Pinsky (2010), argumenta que novos objetos da História são elaborados, quando os historiadores são chamados a voltar-se para as questões candentes do tempo presente.
[5]Chartier (1990, p.16) aponta que a História Cultural “[...] tem por principal objeto identificar o modo como em diferentes lugares e momentos uma determinada realidade social é construída, pensada, dada a ler.”
[6]ESPÍRITO SANTO (Estado). Lei nº 545, de 8 de novembro de 1909. Dá nova organisação à Instrução Publica Primaria e Secundaria. Victoria: Typ Nelson Costa, 1909.
[7]Esse jornal foi fundado por Luiz de Loiola e Silva, em janeiro de 1877, anunciava imparcialidade sobre os dois partidos que monopolizavam o debate político da época provincial. Em janeiro de 1881, passou a adotar uma linha abolicionista, mas moderadamente. Já em 1889, quando passou a ser dirigido por Antônio Gomes Aguirre e Bernardo Horta de Araújo, ambos republicanos, tornou-se então um jornal propagandista do novo regime vigente (BITTENCOURT, 2010).
[8]ALVARÁ. Maria Duarte Rabello destinando procuração a Antônio Rodrigues Monteiro. Caixa 30 – requerimentos recebidos pelo presidente do Estado, diretor de instrucção publica do estado do Espírito Santo, Delegado literário, Inspetor Geral do ensino, Director das escolas normais e Annexas.1911-1913.