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Artigos > História da Educação, da Educação Física e do Esporte > História da Educação Física > SCHNEIDER, Omar; ASSUNÇÃO, Wallace Rocha. Presença americana na educação física brasileira: padrões culturais na imprensa periódica (1932-1950). In: VII Congresso Brasileiro de História da Educação, 2013, Cuiabá. Circuitos e fronteiras da história da educação no Brasil. 2013. 1 CD-ROM ISSN:2236-1855

SCHNEIDER, Omar; ASSUNÇÃO, Wallace Rocha. Presença americana na educação física brasileira: padrões culturais na imprensa periódica (1932-1950). In: VII Congresso Brasileiro de História da Educação, 2013, Cuiabá. Circuitos e fronteiras da história da educação no Brasil. 2013. 1 CD-ROM ISSN:2236-1855

 

Presença americana na educação física brasileira:

Padrões culturais na imprensa periódica (1932-1950)[i]

 

Omar Schneider – omarvix@gmail.com

Wallace Rocha Assunção – wallra@hotmail.com

Proteoria – CEFD – Ufes

 

Palavras-chave: Americanismo. Pan-Americanismo. Educação Física.

 

O estudo busca entender a circulação do americanismo no campo da Educação Física brasileira. Esse movimento político-cultural nasce a partir da hegemonia interna desenvolvida pelos Estados Unidos da América e se torna modelo de modernidade para outros países. Utilizamos como referencial teórico-metodológico o repertório da Nova História Cultural, mais particularmente as proposições de Certeau (1998)sobre a circulação e as possíveis apropriações do americanismo no processo de constituição da Educação Física no Brasil entre os anos de 1932 e 1950. Dessa forma, visamos ainda compreender qual foi o papel dessa circulação dentro da política do pan-americanismo desenvolvida pelos Estados Unidos da América.

Dentre as teorias, a que mais colabora com nosso estudo é a noção de “consumo produtivo”, presente em A invenção do cotidiano (CERTEAU, 1998) e nos auxilia na compreensão das apropriações das representações da cultura americana que circularam no Brasil na primeira metade do século XX. Segundo esse conceito, as pessoas e as sociedades se apropriam de objetos e práticas, construindo com elas algo novo que atenda às suas necessidades e até mesmo deles fazendo usos inesperados. Roger Chartier, em O mundo como representação (1991) indica-nos um meio de compreendermos o processo de apropriação da cultura. Tendo como foco o conceito de lutas de representação, ele nos direciona para a compreensão das disputas/lutas em torno da cultura feitas por homens estrategicamente posicionados que se valem de dispositivos editoriais para tornar suas ideias as mais autorizadas e capazes de solucionar os problemas de determinado momento histórico. Por luta de representação, então, considera-se o modo pelo qual, em diferentes lugares e momentos, uma determinada realidade é construída, pensada e dada a ler por diferentes grupos sociais.

Chartier toma por empréstimo de Michel de Certeau o conceito de apropriação, que define o consumo cultural como uma operação de produção de objetos materiais ou imateriais, que passam a ter materialidade quando impressos ou tratados como representação, assinalando a sua presença com base nas maneiras de utilizar os produtos que lhe são impostos. Assim, Chartier nos ajuda a compreender como possivelmente os editores leram, se apropriaram/traduziram a cultura americana para os leitores dos impressos por nós analisados, os quais estão carregados de representações que assumiam a cultura americana como símbolo de modernidade.

Como apoio a esse referencial teórico, temos as contribuições de Ginzburg (1989, e 2009) com o modelo indiciário. Recorremos ainda ao recurso da mediação, um processo narrativo que regula os espaços de compreensão dos discursos ao comparar as informações dos documentos e as fontes que lhe podem oferecer coerência dentro de um contexto cultural, autenticando informações que pareçam duvidosas ou que não apareçam numa série que lhes dê coesão. Assim, para autenticar os indícios pelos quais procuramos nos periódicos, nos apoiamos nos trabalhos de Macedo (1876), Leff (1977), Bandeira (1978), Moura (1984), Cervo e Bueno (1992), Goellner (1992) e Sevcenko (1992). Esses autores se aproximaram desse tema com seus textos nas áreas de História, Sociologia, Ciências Políticas, História da Educação e da Educação Física.

Fizemos uso das publicações periódicas da Educação Física que circularam no Brasil na primeira metade do século XX como fonte documental: revista Educação Physica, publicada entre 1932 e 1945 pela Companhia Brasil Editora; Revista de Educação Física, publicada pela Escola de Educação Física do Exército entre 1932 e 1942, quando sofreu uma interrupção de sua publicação em função da Segunda Guerra Mundial, retornando em 1947; Boletim de Educação Física, publicado entre 1941 e 1958 pelo Ministério da Educação e Saúde; Revista Brasileira de Educação Física, publicada pela empresa “A Noite” entre 1944 e 1952; Arquivos da Escola Nacional de Educação Física e Desportos, publicado pela escola de Educação Física da Universidade do Brasil, entre 1945 e 1966. Embora três dos periódicos que tomamos como fontes tenham sido publicadas para além do ano de 1950, analisamos as edições até esse ano, inclusive, como forma de delimitar o estudo até o fim da primeira metade do século XX.

Uma vez que folhear cada página das publicações nos tomaria muito tempo, usamos como instrumento de pesquisa o Catálogo de periódicos de educação física e esporte (1930 - 2000) (FERREIRA NETO et al., 2002). Assim, pelas referências dos artigos publicados, começamos a localizar os rastros da circulação de diferentes culturas esportivas que pudessem estar presentes no corpus documental. Esses rastros nos deram indícios que consistiram essencialmente em autores de vários países, referências a práticas culturais, esportes, métodos ginásticos, prescrições eugênicas e moralizantes,[ii] informações e notícias sobre a Associação Cristã de Moços, movimento pan-americano e, mais especificamente, referências diretas aos Estados Unidos da América, “[...] porém, subdividir as coisas em cada um de seus elementos não basta. Devemos aprender também a olhá-las de longe [...]” (GINZBURG, 2009, p. 20) para termos um panorama de nosso objeto de estudo: a presença americana.

Distanciarmo-nos para analisar o que encontramos tornou-se um desafio, uma vez que as presenças de outras culturas se entrelaçando à nossa é algo desde há muito tempo naturalizado. Necessitávamos de um ponto de partida, então, com o intuito de compreender uma das formas de circulação do americanismo, elegemos como nosso passo inicial as práticas esportivas que, embora tenham chegado ao Brasil pelas mãos dos ingleses, ganharam mais adeptos, especialmente nas classe sociais mais favorecidas, com o aumento da presença americana a partir do final do século XIX. Para Sevcenko (1992), o surto esportivo que aconteceu na cidade de São Paulo na década de 1920 era catalisador de uma sociedade competitiva e a prática esportiva possuía um papel a desempenhar na formação desse novo homem do qual o país necessitava para se colocar ao nível do século como se dizia nessa primeira metade do século XX.

Sevcenko (1992) nos informa que já no primeiro dia de 1919, um cronista de esportes do jornal O Estado de S. Paulo, não identificado por este autor, se mostrava entusiasmado ao notar o progresso que os esportes haviam alcançado no ano anterior, com aumento do número de praticantes dos esportes já existentes no país, mas também com a introdução de esportes novos. Vinte dias mais tarde, o progresso dos esportes, segundo Sevcenko, (1992) dando continuidade ao relato entusiasmado desse jornalista anônimo, os esportes estariam se desenvolvendo de forma progressiva, por todos os cantos da cidade de São Paulo.

Ainda sobre o fenômeno esportivo que tomava conta da cidade, Sevcenko nos diz que foi considerado como uma grande conquista social e, além disso, como “[...] um marco na história da humanidade” (SEVCENKO, 1992, p. 45). Lucena, por sua vez, em O esporte na cidade (2001), se refere ao esporte como um dos elementos fundadores de inúmeras configurações que, de certa forma, tornam possível perceber e revelar a soma de esforços de controle numa sociedade que se diversifica na medida em que crescem as redes de interdependências e assim, manifestam formas distintas de relacionamentos e comportamentos no ambiente urbano.

Incorporados ao conjunto de atividades que incluíam a ginástica e outras atividades físicas, os esportes viriam a se constituir como parte daquilo que passou a se chamar Educação Física, paulatinamente ocupando tempos e espaços onde anteriormente a ginástica predominava e, segundo Rezende (1932), os esportes passariam a cumprir o papel de excitar os ânimos. Com isso, segundo esse autor, o esporte faria surgir o que ele chamou de unidade espiritual do povo brasileiro, criando um vínculo entre os esportistas, torcedores dos times e seleções nacionais desses esportes.

Para compreendermos a circulação de práticas culturais nas duas primeiras revistas sobre Educação Física, buscamos identificar a nacionalidade dos autores presentes tanto na Revista de Educação Física quanto em Educação Physica, pois, ao saber de onde eles analisavam/escreviam e prescreviam práticas ginásticas e esportivas, podemos rastrear s suas possíveis referências culturais.

Em nossa busca na Revista de Educação Física, publicada pela Escola de Educação Física do Exército, pudemos identificar 48 artigos de autores estrangeiros, de 10 nacionalidades diferentes, incluindo aqueles classificados como hispanos:[iii] aqueles de língua espanhola cuja nacionalidade não pôde ser identificada por referência direta ou por indícios. Tivemos o cuidado de verificar a nacionalidade dos autores, pois havia alguns cujos nomes eram de origem italiana e alemã, principalmente, mas que na verdade se tratavam de brasileiros, filhos de imigrantes. De todos os artigos publicados por estrangeiros, 15 foram de autores americanos. Na revista Educação Physica, os autores de 19 nacionalidades, inclusive aqueles autores classificados como hispanos, tiveram ao todo 377 artigos publicados. Desses, 237 artigos foram publicados por autores americanos.

Nos Estados Unidos da América os esportes são, como prática cultural, uma herança dos colonos ingleses, de cujo país preservaram consigo muitas práticas, se apropriando delas. Desta forma, buscamos apreender a presença americana nas revistas que tomamos como corpus documental, tomando como traços desse comparecimento, os artigos relacionados aos esportes. Assim, procuramos identificar os artigos referentes às modalidades praticadas no Brasil nesse período ou sugeridas aos leitores, buscando compreender até que ponto a difusão da prática esportiva no Brasil fez circular a cultura de seus países de origem ou onde mais se desenvolveram.

O exercício do estranhamento (GINZBURG, 2009) nos leva a perceber que a prática de um esporte leva, em maior ou menor grau, traços culturais de seu país de origem. Desde os termos próprios criados ou adaptados para o esporte em língua original e que em alguns casos se tornam expressões idiomáticas em linguagem figurada,[iv] até mesmo em uniformes característicos e demais materiais necessários à prática, os esportes fazem circular todo um conjunto de imagens que remetem à sua cultura de origem.

Dos 30 diferentes esportes apresentados por essas duas revistas,[v] o que mais circulou foi o basquetebol, com 163 artigos na revista Educação Physica e 40 na Revista de Educação Física. Os outros dois esportes que mais se aproximaram desse número de artigos publicados foram o Atletismo, com 128 artigos na revista Educação Physica e 58 na Revista de Educação Física e ainda, o Futebol, que já se popularizou a partir da primeira década do século XX, com 112 artigos na revista Educação Physica e 41 na Revista de Educação Física.

Ao analisar as duas primeiras publicações periódicas especializadas da Educação Física, podemos perceber a popularidade de alguns esportes, entre eles o basquetebol, que tem grande presença nos impressos, ficando apenas atrás do futebol em número de artigos. Nessas primeiras décadas, a presença do esporte torna-se cada vez maior, principalmente nas grandes cidades, até mesmo por conta de sua penetração na escola, conforme a tese de doutorado de Linhales[vi]na qual essa autora aborda as relações estabelecidas entre o esporte e a educação física escolar. Com base nas práticas discursivas e institucionais produzidas e realizadas pela Associação Brasileira de Educação (ABE), em 1920, podemos inferir que a forma escolar da Educação Física esboçada nas public schools participou do processo de afirmação do campo esportivo na sociedade moderna, fazendo com que o esporte alcançasse grande visibilidade, assumindo relevância no projeto de educação do corpo (LINHALES, 2009).

Nesse estudo, Linhales (2009) afirma que a partir de 1929 a Associação Brasileira de Educação (ABE) estreitou o diálogo que já mantinha com a Associação Cristã de Moços e a Associação Cristã Feminina, quando “[...] alguns membros dessas associações passaram a frequentar reuniões do Conselho Diretor e da Sessão de Educação Física e Higiene da ABE” (LINHALES, 2009, p. 106, 107). Essa maior aproximação com as associações cristãs foi feita para que colaborassem com cursos de curta duração para a formação profissional em Educação Física no Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre, onde estavam instaladas. Além desses cursos de curta duração, foram oferecidos cursos de preparação para técnicos desportivos e técnicos de Educação Física nas sedes do Rio de Janeiro e no Uruguai (LINHALES, 2009).

No Rio de Janeiro, esses cursos eram promovidos pela Seção de Educação Física e Higiene, sob a direção da especialista Miss Helen C. Paulinson, cuja correspondência com o presidente da referida seção se dava em língua inglesa. Havia um intercâmbio de ideias, uma “afinidade pedagógica” que fomentava essa cooperação (LINHALES, 2009, p. 107, 108).

Linhales associa esse diálogo com a ACM ao debate relativo à escolarização do esporte, dizendo que essa aproximação com a cultura norte-americana “[...] teve uma expressiva presença, especialmente por estabelecer com a ACM uma rede privilegiada de interlocução” (LINHALES, 2009, p.108). Ainda segundo essa autora, a criação de áreas recreativas, as praças de esportes e os playgrounds nas áreas urbanas foram também temas em pauta compartilhada entre a ABE e a ACM (LINHALES, 2009, p. 108), o que nos dá, dessa forma, subsídios para pensarmos nessa cooperação entre a ABE e a ACM como um momento em que os americanos presentes nessas atividades, traziam um pouco do american way of life – o estilo de vida americano – para a educação no Brasil.

Necessitávamo sentão, para compreender o papel das ACM na circulação do americanismo, destacar a presença acemista nas revistas que elegemos como corpus documental, e para isso usamos como instrumento de pesquisa o Catálogo de periódicos de educação física e esporte (1930 - 2000) (FERREIRA NETO et al., 2002), no intuito de localizar os artigos sobre a ACM. Feito isso, passamos às páginas das revistas para localizarmos outras formas de circulação dessa associação. Localizamos 10 artigos e 6 anúncios da ACM na revista Educação Physica. Um único registro fotográfico foi localizado na Revista de Educação Física (ASSOCIAÇÃO, 1935, p. 26, 27), o qual tomamos como uma forma de divulgação de suas atividades, pois, nesse registro fotográfico, os editores apresentam momentos de práticas esportivas, ginástica e times de diversas modalidades posando para o fotógrafo ou em momento flagrante. Na Revista Brasileira de Educação Física, encontramos dois artigos e nenhuma referência foi encontrada no Boletim de Educação Física, nem nos Arquivos da Escola Nacional de Educação Física e Desportos.

Sobre a presença acemista na revista Educação Physica, Schneider e Ferreira Neto nos chamam a atenção para o seguinte fato:

 

[...] quando observamos o número de colaboradores que são designados pelos editores como aqueles que dão suporte ao impresso, percebemos que, dos 33 que são apresentados aos leitores, 14 possuem algum tipo de ligação com a Associação Cristã de Moços (A. C. M.) [...] (SCHNEIDER; FERREIRA NETO, 2008, p. 14). 

 

Tantos colaboradores da revista Educação Physica ligados à ACM poderiam nos levar a pensar que, a princípio, a ACM seria uma instituição que tivesse como um de seus objetivos a difusão de valores e práticas americanas; apesar disso, é preciso nos precaver com relação a um julgamento precipitado, pois:

 

A simples presença de americanos ajudando a compor o grupo de colaboradores que dava suporte ao impresso, ou professores formados em uma instituição com forte presença norte-americana não caracteriza a revista como um veículo de divulgação dos ideários ou representações norte-americanas a respeito da produção do ‘homem novo’, pois muitas das imagens, tanto iconográficas como discursivas, remetem para a Alemanha, e mesmo a representação que esteticamente representava o ‘homem novo’ fazia parte do ideário nazista em que o biótipo era o do homem europeu caucasiano (SCHNEIDER; FERREIRA NETO, 2008, p. 14).

 

Entretanto, se a presença de colaboradores americanos ou de brasileiros que tenham feito cursos de capacitação nas ACM não implica diretamente a difusão de ideias americanas, precisamos admitir, pelo fato da implantação dessa instituição no Brasil ser fruto do trabalho de um americano e, ainda, que mesmo não sendo esse seu objetivo, mas como consequência dessa presença, a Associação pode ser considerada um lugar de circulação de sua cultura, uma vez que as ideias, as práticas e a os traços culturais acompanham as pessoas onde estiverem.

Destacamos o fato de que a ACM se fez presente em outros países da América Latina e, talvez no intuito de mostrar a forma como os ideais de fraternidade cristã da Associação eram compatíveis com o movimento pan-americanista, os Reglamentos oficiales de juegos atléticos 1921 (YMCA, 1921), publicado nos Estados Unidos em língua espanhola e enviados para a América do Sul, como meio de se fazer reconhecido como uma entidade pan-americana. Além de trazer as regras dos vários jogos praticados,[vii] informava nomes dos diretores do Comitê Continental de Educação Física da Federação Sul-Americana de Associações Cristãs de Moços que possuía representantes do Brasil, Chile, Uruguai e Argentina incluindo também os endereços dos representantes da maior parte das filiais em todo o continente. Trazia ainda farta propaganda de material esportivo produzido pela marca americana A. G. Spalding & Bros (YMCA, 1921, p. 183-188).

Na primeira metade do século XX, ainda em seu começo, durante a corrida neocolonialista das nações europeias e principalmente após a Primeira Guerra Mundial, os países do continente americano retomam os diálogos sobre o ideal pan-americano, cujas principais diretrizes foram discutidas no Congresso do Panamá, em 1826, com vistas a evitar uma tentativa de recolonização e, ainda, buscando criar uma rede de colaboração continental. Tal movimento se tornou uma oportunidade para os Estados Unidos desenvolverem seu projeto de colonização cultural e econômica, com base na Doutrina Monroe, mas também foi oportunidade para que trocas acontecessem e, com essas permutas, aconteceram apropriações de ideias e práticas por todos os países envolvidos, em muitos âmbitos.

Uma vez que nossa intenção foi, mais especificamente, compreender a presença americana na Educação Física brasileira, procuramos por referências diretas aos Estados Unidos, nos títulos dos artigos publicados nos cinco periódicos da área que foram tomados como corpus documental, em termos como Estados Unidos da América, Estados Unidos, EUA, EEUU, América, América do Norte, estadunidense, americano(a), yankee eTio Sam.Conseguimos localizar 33 referências na revista Educação Physica, 4 na Revista de Educação Física e 8 na Revista Brasileira de Educação Física. Não localizamos nenhuma referência a esses termos nos títulos dos artigos publicados no Boletim de Educação Física, nem nos Arquivos da Escola Nacional de Educação Física e Desportos.

Essas referências nos títulos dos artigos indiciam um possível interesse, principalmente na revista Educação Physica, em fazer circular o americanismo[viii] como uma proposta moderna, ou seja, portadora das novidades e, em muitos desses artigos, notícias de atletas e equipes americanas foram trazidas como um incentivo para que os leitores se apropriassem daquilo que pudessem conhecer de suas práticas e técnicas, fazendo circular o american way of life no meio esportivo. Mais uma vez, entramos no campo das conjecturas, pois os indícios trazidos por um corpus documental diverso não podem ser apresentados como prova decisiva de fatos do passado, tal como afirma Ginzburg (1989, p. 201):

 

[...] O problema da prova continua mais do que nunca no centro da investigação histórica: mas o seu estatuto é inevitavelmente alterado no momento em que são abordados temas diversos relativamente ao passado, com o apoio de uma documentação também diversa.

 

Por essa diversidade de informações, nossas conjecturas recebem um acréscimo de probabilidade à medida que mediamos as informações de nossas fontes  ?  as revistas  ?  com os autores que estudam a História, a Sociologia e a Política dessa época.

Também em muitas das capas das revistas, pudemos perceber grafismos e imagens que remetem à estética americana dessa primeira metade do século XX, e, por encontrar muitas referências em seu conteúdo, esperávamos encontrar referências diretas aos Estados Unidos nas capas da revista Educação Physica ou na Revista Brasileira de Educação Física, publicações nas quais o americanismo teve maior circulação, porém, encontramos essa referência na capa do n. 38 da Revista de Educação Física publicada pela EEEF, na qual se representam jogadores americanos, com uniformes de treinamento em suas cores características, praticando junto à tabela de basquetebol. Sobre essa capa, encontramos na revista a seguinte informação:

 

A nossa capa foi tirada de um flagrante fotográfico de um bate-bola na Vila Olímpica de Berlim.

Nela, vemos os gigantes americanos que, após uma luta titânica com os seus visinhos, os Canadenses, sagraram-se campeões olímpicos.

Inegavelmente, por seu grande conhecimento do jogo e por sua magnífica técnica, a equipe dos creadores do Basket fez mérito ao título de campeão do mundo (A NOSSA, n.38, 1938, p. 2).

 

A representação desse flagrante fotográfico foi publicada dois anos depois de seu registro, durante os XI Jogos Olímpicos de Verão, ocorridos em Berlim, e um ano antes da deflagração da II Guerra Mundial. Escapa-nos à compreensão o porquê de ter sido publicada com tantos meses de atraso e o de ter sido escolhido esse esporte para figurar na capa da publicação. Supomos, entretanto, que tal demora tenha ocorrido em função da velocidade com que as informações nos chegavam, tendo os editores se deparado com a fotografia somente meses após o registro e, ainda, o tempo necessário para que fosse reproduzida como desenho e publicada. Mais uma vez, entramos no campo das conjecturas.

À medida que localizamos os indícios nas revistas, com o uso do catálogo de periódicos, penetramos em sua materialidade, e assim foi possível encontrar mais vestígios: os anúncios publicitários. Conforme Moura (1984, p. 69-70), a publicidade de empresas e produtos americanos foi uma estratégia utilizada para fazer circular o americanismo, pois o que realmente importava era oferecer os produtos americanos e, por meio deles, a representação da nação americana como o ápice da modernidade.

Seguindo as pistas deixadas nas páginas das revistas, encontramos os rastros do movimento pan-americanista e, para termos uma dimensão do volume da circulação desse movimento a partir de sua materialização na imprensa periódica, procuramos quantificar e analisar as referências diretas a esse movimento, tendo como base os títulos dos artigos publicados nas revistas sobre Educação Física entre 1932 e 1950.

Na revista Educação Physica encontramos sete referências. Na Revista de Educação Física, editada pela Escola de Educação Física do Exército, encontramos uma única referência. Foram localizadas 24 referências na Revista Brasileira de Educação Física e apenas uma referência ao pan-americanismo nos Arquivos da Escola Nacional de Educação Física e Desportos.Os temas dos artigos variaram entre dois assuntos apenas: os congressos pan-americanos de Educação Física, nos quais se buscava criar um método unificado a ser adotado nas Américas, e os jogos esportivos pan-americanos.

Apesar de o pan-americanismo ter sido referência ao menos uma vez em cada um dos periódicos publicados entre os anos de 1932 e 1950, percebemos que sua maior entrada se deu nas revistas publicadas por editoras comerciais e, principalmente, a partir do ano de 1941 quando, não é demais lembrar, os conflitos na Europa envolviam cada vez mais os países do Novo Mundo, fazendo com que, no Brasil, as referências à Alemanha perdessem espaço para o americanismo e o fortalecimento do ideário da união dos povos americanos sob a liderança dos Estados Unidos.

A partir do rompimento diplomático com a Alemanha, tanto por parte dos americanos quanto dos brasileiros e, principalmente, com o fim da Segunda Guerra Mundial em 1945 que resultou em um mundo dividido entre o capitalismo e o comunismo, os Estados Unidos intensificaram a sua estratégia para o estabelecimento de uma união pan-americana, sobre a qual pretendiam exercer sua liderança em todos os âmbitos, conforme Cervo e Bueno:

 

A influência cultural americana sobre o Brasil não foi resultado de um processo espontâneo, mas decorreu de um plano deliberado dos Estados Unidos no âmbito de uma estratégia mais ampla, formulada no contexto do início da Segunda Guerra, quando, por razões de segurança, careciam da simpatia e principalmente da colaboração do Brasil em especial e da América Latina, em geral (CERVO; BUENO, 1992, p. 247).

 

Nesse período, com o intuito de obter benefícios, o Brasil mantém relação amigável em relação os Estados Unidos, como destaca Moura:

 

Na União Panamericana (depois OEA), nem se fale: éramos os intérpretes do pensamento americano junto aos demais países da América Latina. Nas concepções do estamento diplomático, a ‘relação especial’ entre Brasil e Estados Unidos deveria traduzir-se em benefícios especiais para nosso país no contexto latino-americano (MOURA, 1984, p.77).

 

Moura nos relata ainda que a presença americana no Brasil passou a ser tão ostensiva em certo momento que, Osvaldo Aranha, Ministro das Relações Exteriores, fez um comentário bem-humorado mas que sugeria certa preocupação com a invasão por parte dos americanos:

Em 1942, já estávamos inundados de jornalistas, radialistas, editores, professores, cientistas, escritores, músicos, diplomatas, empresários, técnicos, estudantes, pesquisadores de mercado oriundos do norte — o que levou o ministro Osvaldo Aranha à tirada bem-humorada de que ‘mais uma missão de boa vontade e declaramos guerra aos Estados Unidos!’ A própria Embaixada americana preocupava-se com o número de seus compatriotas ensinando, indagando, investigando e também gastando de uma maneira pouco comum entre os brasileiros (MOURA, 1984, p. 49).

 

Como Moura sugere, a presença americana era bastante ostensiva a ponto de causar alguma preocupação, tanto por parte dos brasileiros quanto por parte da embaixada americana, o que nos leva a pensar que foi em função dessas missões estrangeiras contratadas, que se deu parte da orientação editorial da revista  Educação Physica, que abre suas portas às novidades americanas no campo esportivo e doutrinários para as práticas educacionais e que fez com que o comando do Exército controlasse a entrada de autores estrangeiros nas páginas da revista, uma vez que historicamente estava ligado mais à Europa e suas missões de formação do militares brasileiro e mesmo a sua escola de educação física.

Como, então, compreender melhor o pan-americanismo e suas manifestações em nosso país? Dentre as formas de manifestação desse movimento que alcançou muitos segmentos das sociedades no continente, houve um processo que visava a cooperação entre os países no âmbito educacional e esportivo, o que culminaria na promoção de eventos que contribuíram para moldar e consolidar uma cultura esportiva entre os povos do Novo Mundo: os Jogos Pan-Americanos.

Uma primeira edição dos jogos pan-americanos seria realizada em 1942 se a Segunda Guerra Mundial não tivesse sido deflagrada em 1939 e alcançado tamanha proporção, terminando apenas em 1945, o que fez com que os jogos acontecessem apenas em 1951. Nesse período, um indício da tentativa de aproximação política e cultural entre o Brasil e os Estados Unidos pode ser visto na versão em português do cartaz referente aos Primeiros Jogos Pan-Americanos, que seriam realizados em 1942, em Buenos Aires, Argentina, e estampou a capa do n. 48 da Revista de Educação Física. Nesse cartaz há uma representação artística do globo terrestre, no qual se veem as Américas, sendo o globo circundado pelas bandeiras dos países americanos.

Sobre o cartazque ilustra a capa, encontramos na revista:

 

[...] sente-se que a representação da parte do globo terráqueo onde aparece em relevo as Américas e o círculo de bandeiras que a envolve, traduz em expressão felicíssima, o desejo panamericanista de manter os povos americanos em perfeita compreensão, unidos e serenos, diante das dificuldades e incertezas que avassalam o globo (A NOSSA, 1941, p. 8).

 

Nessa capa, o artista coloca as bandeiras do Brasil e dos Estados Unidos lado a lado, a despeito da distância geográfica entre esses dois países, enquanto a bandeira da Argentina, país vizinho e sede dos jogos, é colocada distante.

A Educação Física e os esportes nos parecem tomados como elementos catalisadores do ideário pan-americanista na década de 1940, conforme Marinho (1947) e Loyola (1942) e, já nessa época, os periódicos são vistos e promovidos como meios de circulação desse ideário, conforme Marinho:

A própria ‘Revista Brasileira de Educação Física’, pela farta colaboração recebida de diferentes países, vai, paulatinamente, adquirindo o caráter de uma publicação panamericana. E isto faz com que nos sintamos orgulhosos pela possibilidade de nos tornarmos úteis não apenas aos professores do Brasil, mas também aos dos demais países irmãos (MARINHO, 1947, p. 5).

 

Ressaltamos que também a revista Educação Physica circulou por países da América Latina, principalmente a Argentina, além de Portugal e África Oriental Portuguesa, atual Moçambique, países onde possuía representantes (EDUCAÇÃO PHYSICA, 1938, p. 4) tendo contribuições de escritores em língua espanhola, além dos já mencionados artigos em inglês, francês e alemão, traduzidos para o português.

 

Algumas conclusões

Conforme os indícios que localizamos no percurso do estudo, percebemos que a presença americana na Educação Física fazia parte de um movimento mais amplo, bilateral, que visava à penetração da cultura yankee.[ix] Essa colonização cultural fez parte de um pacote de medidas promovidas pelos Estados Unidos da América com vistas à extensão de sua hegemonia cultural e comercial sobre os demais países do continente. Dessa forma, esse país buscava estender sua rede de relações diplomáticas, econômicas e culturais especialmente sobre a América Latina e, no outro lado dessa via de mão dupla, com vistas à modernização e ao desenvolvimento econômico, esses países, incluindo o Brasil, se abriram a essas relações, fomentando-as, se apropriando das proposições e delas fazendo algo compatível com nossas necessidades e possibilidades.

Essa ação dos dois países, compreendida por outras correntes historiográficas como uma tentativa de influência por parte dos americanos, pode ser mais bem compreendida se a relacionarmos com o conceito de consumo produtivo proposto por Certeau (1998). Partindo dessa nova forma de olhar para essas publicações do passado, buscamos compreender esse comparecimento estadunidense a partir dos rastros deixados por essa presença americana nas revistas sobre Educação Física publicadas no Brasil.

A análise do corpus documental nos indica que a partir de 1932, com a publicação dos primeiros periódicos da Educação Física, é observável a circulação e a apropriação das representações sobre o americanismo, cujos traços culturais permeiam as práticas esportivas e a forma escolar da Educação Física que se torna mais eclética, adotando a iniciação esportiva nas escolas tal como se fazia nos Estados Unidos e, em muitos casos, substituindo os métodos ginásticos antes adotados pela Calistenia, uma nova forma de ginástica sintetizada nesse país a partir da apropriação de métodos europeus.

Mais que isso, os indícios apontam para uma estratégia de divulgação do modo de vida americano, síntese de eficácia e modernidade, especialmente nas revistas publicadas por editoras comerciais que fazem mais referências aos Estados Unidos que as publicações de editoras autárquicas, utilizando para isso, algumas vezes, o movimento pan-americanista que ganha um novo impulso, havendo ainda a circulação de publicidade de produtos e bens de consumo produzidos por indústrias americanas como uma forma de fomento ao mercado editorial brasileiro e também como reforço à representação de vanguarda industrial que esse país passou a ter em nosso país.

Podemos constatar ainda que embora não possa ser caracterizada categoricamente como um lócus de difusão do americanismo, a Associação Cristã de Moços contribuiu com essa circulação e consequente apropriação desse movimento, até mesmo pelo fato de ter sido trazida para a América do Sul por americanos que, em suas atividades, trouxeram imagens da cultura americana como o ápice da modernidade.

 

Referências:

YMCA. Reglamentos oficiales de juegos atléticos 1921. New York: American Sports Publishing Co.. 1921.

A NOSSA capa.  Revista de Educação Física, Rio de Janeiro, ano VI, n. 38, p. 2, maio 1938.

A NOSSA capa. Revista de Educação Física, Rio de Janeiro, ano X, n. 48, p. 8, set. 1941.

ASSOCIAÇÃO Cristã de Moços. Revista de Educação Física, Rio de Janeiro, ano IV, n. 26, p. 26-27, set. 1935.

BANDEIRA, Moniz. Presença dos Estados Unidos no Brasil: dois séculos de história. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 1978.

CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano: artes de fazer. 3. ed.  Petrópolis: Vozes, 1998.

CERVO, Amado Luiz; BUENO, Clodoaldo. História da política exterior do Brasil. São Paulo: Ática, 1992.

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[i]
O texto procura resumir os principais pontos do estudo /dissertação de mestrado intitulada Presença americana na Educação Física brasileira: padrões culturais na imprensa periódica (1932-1950), defendida em 26 de março de 2012 no Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo.

[ii]O eugenismo foi usado como termo guarda-chuva, abrigando sanitarismo, higienismo e o eugenismo propriamente dito.

[iii]Hispano(a) é um termo derivado de Hispânia, nome dado à região da Península Ibérica no período do Império Romano, onde hoje se localizam Espanha, Portugal, Gibraltar e Andorra, e é utilizado pelos povos de origem latina para designar de forma genérica os povos de língua espanhola.

[iv]Por exemplo, “estar na marca do penalty” – estar num momento decisivo e, num caso de aportuguesamento, “chute”, derivado de shoot, tiro.

[v]Atletismo, Basebol, Basquetebol, Bilhar, Boxe, Ciclismo, Cross country, Esgrima, Futebol, Ginástica de aparelhos, Ginástica rítmica, Golfe, Handebol, Hipismo, Jiu Jitsu, Judô, Levantamento de peso, Luta livre, Natação, Pentatlo moderno, Pólo, Pólo aquático, Remo, Rugby, Saltos ornamentais, Softbol, Tênis, Tiro com arco, Tiro esportivo e Voleibol.

[vi]A escola, o esporte e a “energização do caráter”: projetos culturais em circulação na Associação Brasileira de Educação (1925-1935)

[vii]Basquetebol, voleibol, natação, polo aquático, beisebol de quadra,  (YMCA, 1921, p. 70) atletismo, boxe, luta, pelota de mão, (YMCA, 1921, p. 158)e provas de ginástica.

[viii] Em nosso estudo, o americanismo é entendido como um movimento político-cultural que nasce nos Estados Unidos da América e é posteriormente oferecido como síntese de modernidade econômica, política, educacional e industrial para outros países.

[ix]Esse é um termo utilizado pelos Estados Confederados, durante a Guerra Civil Americana, para se referir aos Estados Unidos, no Norte, e que ficou consagrado pelo uso para se referir aos Estados Unidos da América no século XX.

Instituto de Pesquisa em Educação e Educação Física (PROTEORIA), http://www.proteoria.org
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Prévia do artigo VII Congresso Brasileiro de História da Educação - Circuito e Fronteiras da História da História da Educação no Brasil. Universidade Federal de Mato Grosso. SCHNEIDER, Omar; BRUSCHI, Marcela; SANTOS, Wagner dos; FERREIRA NETO, Amarílio. A Revista de Educação no governo João Punaro Bley e a escolarização da Educação Física no Espírito Santo (1934-1937). Revista brasileira de história da educação, Campinas, v. 13, n. 1 (31), p. 43-68, jan/abr 2013 Próximo artigo
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